A polícia espanhola realiza buscas neste sábado pelo motorista da van que atropelou uma multidão em Barcelona, matando 13 pessoas, e tenta determinar se dois outros suspeitos militantes islâmicos ligados ao ataque tinham morrido ou estavam foragidos.
O governo espanhol disse que considera ter desmantelado a célula por trás dos ataques em Barcelona e na cidade costeira catalã de Cambrils
A polícia prendeu quatro pessoas em conexão com os ataques, onde uma mulher morreu quando um carro atingiu os transeuntes na sexta-feira. Outras cinco vestindo falsos cinturões explosivos também foram mortas na cidade catalã de Cambrils.
"A célula foi totalmente desmantelada em Barcelona, depois de examinar as pessoas que morreram, as que foram presas e realizando verificações de identidades, disse o ministro do Interior, Juan Ignacio Zoido em uma coletiva de imprensa.
Mas autoridades têm ainda que identificar o motorista da van e seu paradeiro não está claro, enquanto policiais e autoridades na região nordeste da Cataluña disseram que ainda precisavam localizar duas outras pessoas.
Investigadores estão se concentrando em um grupo de pelo menos 12 suspeitos que se acredita que estavam por trás do ataque mais mortífero que atingiu a Espanha em mais de uma década.
Em pouco mais de um ano, militantes têm usado veículos como armas para matar cerca de 130 pessoas na França, Alemanha, Grã-Bretanha, Suécia e Espanha.
Não se acredita que alguma das nove pessoas presas ou mortas pela polícia seja o motorista que desceu pela Las Ramblas, deixando uma trilha de mortos e feridos entre a multidão de turistas e residentes que passeava na famosa via de Barcelona.
Um marroquino de 22 anos chamado Younes Abouyaaqoub estava entre aqueles sendo procurado, de acordo com o gabinete do prefeito na cidade catalã de Ripoll, onde viveiam ele e outros suspeitos.
A imprensa espanhola divulgou que Abouyaaqoub pode ter conduzido a van em Barcelona, mas a polícia e oficiais catalãos não confirmaram a informação.
O motorista no ataque em Barcelona abandonou a van e fugiu a pé após arrasar a multidão. Cinquenta pessoas ainda estão em hospitais nesse sábado em consequência do ataque, com 13 em condições críticas. Muitos eram turistas estrangeiros.
O Estado Islâmico reivindicou a autoria pelos atentados.