A polícia invadiu o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em uma operação sem precedentes, informou a imprensa local nesta terça-feira (5).
Segundo o "Canal 12", ainda não está claro se a ação, ocorrida na noite de sábado passado e divulgada apenas hoje, está ligada à investigação sobre o vazamento de informações de inteligência ou ao inquérito sobre as supostas tentativas de falsificação de atas das reuniões do gabinete de guerra.
Hoje cedo, a unidade Lahav 433 da polícia israelense anunciou que abriu uma investigação criminal sobre "eventos que remontam ao início da guerra", segundo os quais funcionários do gabinete de Netanyahu supostamente tentaram alterar ou "obstruir" alguns dos protocolos, transcrições de discussões de gabinete e até conversas telefônicas sobre atualizações de segurança com ministros.
O Canal 12 informou que a investigação já se arrasta há meses e, em junho, foi emitida uma ordem de silêncio sobre o caso, definido como "sensível do ponto de vista da segurança e dos efeitos para o público".
Após a notícia sobre a investigação criminal, o gabinete de Netanyahu classificou o inquérito como "uma expedição de caça sem precedentes no meio de uma guerra".
"Depois de um ano de vazamento de informação sobre discussões ministeriais e relatórios sobre reféns, as únicas duas investigações abertas são contra o gabinete do primeiro-ministro, e não contra os autores dos vazamentos de informação que causaram enormes danos aos raptados e à segurança", diz o comunicado. .