O policial branco de Mineápolis flagrado com o joelho sobre o pescoço de um homem negro desarmado foi preso e acusado de assassinato, disse um promotor na sexta-feira, depois de três noites de protestos violentos na cidade.
Derek Chauvin, o policial visto no vídeo de um celular ajoelhado no pescoço de George Floyd na segunda-feira antes da morte do homem de 46 anos, foi acusado de assassinato em terceiro grau e homicídio culposo, afirmou o promotor do condado de Hennepin, Mike Freeman, em entrevista coletiva.
"Ele está sob custódia e foi acusado de assassinato", disse Freeman sobre Chauvin. "Temos provas, temos o vídeo da câmera do cidadão, a coisa horrível e terrível que já vimos repetidamente, temos a câmera do policial, temos declarações de algumas testemunhas."
As imagens do celular mostram Floyd repetidamente gemendo e ofegante implorando a Chauvin: "Por favor, não consigo respirar". Depois de alguns minutos, Floyd vai ficando quieto e para de se mover.
Chauvin e três colegas policiais foram demitidos na terça-feira do Departamento de Polícia de Mineápolis. A cidade identificou os outros oficiais como Thomas Lane, Tou Thao e J. Alexander Kueng.
Freeman disse que a investigação sobre Chauvin --que, se condenado, pode pegar até 25 anos de prisão por acusação de assassinato-- estava em andamento.
Em um comunicado, o procurador-geral dos EUA (que funciona também como secretário de Justiça), William Barr, classificou o vídeo de Floyd com Chauvin de "angustiante e profundamente perturbador" e observou que uma investigação federal paralela está em andamento para determinar se os policiais violaram leis de direitos civis.