Ponte na Itália deve ser demolida rapidamente, diz comissão

Parte da estrutura ainda de pé está sob risco

22 ago 2018 - 07h57
(atualizado às 09h16)

Uma comissão nomeada pelo governo italiano determinou que o trecho suspenso da Ponte Morandi, em Gênova, que continua em pé está sob risco e deve ser "abatido" ou "colocado em segurança" o mais rapidamente possível.

O comitê é guiado pelo arquiteto Roberto Ferrazza e foi criado pelo Ministério de Infraestrutura e Transportes após o desabamento do trecho central da ponte, no último dia 14 de agosto, em uma tragédia que fez 43 vítimas e deixou centenas de desabrigados.

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Desabamento de ponte deixou 43 mortos em Gênova
Desabamento de ponte deixou 43 mortos em Gênova
Foto: ANSA / Ansa

A comissão já enviou um relatório ao governo e à Autostrade per l'Italia, concessionária da rodovia A10, onde fica a ponte, para dar início às intervenções necessárias. "É preciso fazer a demolição o mais rapidamente possível, primeiro para garantir a segurança, ainda que a área tenha sido desalojada, e segundo porque, sem a demolição, não começará a reconstrução", afirmou o governador da Ligúria, Giovanni Toti.

A ponte foi construída por meio de um método desenvolvido pelo engenheiro italiano Riccardo Morandi e usado em poucos lugares do mundo. O sistema é baseado em uma ponte estaiada, mas com as pistas suspensas por cabos de concreto armado, e não de aço, como é mais comum.

O trecho que permanece de pé é o leste, e suas oscilações já fizeram os bombeiros interromperem em diversas ocasiões a recuperação de pertences das pessoas desalojadas. A Autostrade per l'Italia, responsabilizada pelo governo, mas ainda não pela Justiça, já anunciou que reconstruirá a ponte em aço, em um prazo de oito meses a partir da obtenção de todas as licenças.

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