Portland registrou sua primeira noite em semanas sem gás lacrimogêneo, depois que a polícia estadual tomou o lugar de agentes federais dos Estados Unidos que faziam segurança de um tribunal que foi foco da violência entre manifestantes e agentes táticos.
Os agentes retiraram-se sob um acordo entre o governador democrata do Oregon e as autoridades federais para encerrar um movimento que provocou conflito entre o presidente republicano Donald Trump e prefeitos democratas pelo uso da polícia federal nas cidades dos EUA.
Algumas centenas de pessoas protestaram do lado de fora do tribunal federal até cerca de 2h da manhã de sexta-feira, quando saíram por vontade própria.
Nas noites anteriores, segundo o chefe da Patrulha de Fronteira dos EUA, Rodney Scott, eles foram dispersados por agentes que disparavam gás lacrimogêneo e outras munições em "anarquistas" que provocaram incêndios, dispararam fogos de artifício e lançaram produtos químicos.
"As coisas foram muito melhores ontem à noite. A noite passada foi a primeira em cerca de dois meses em que nossos oficiais e agentes dentro do tribunal federal de Portland não sofreram uma ameaça direta e imediata de serem queimados vivos", afirmou Scott em entrevista.
Trump enviou forças federais para enfrentar o que ele chamou de "colmeia de terroristas" em Portland, que estava ateando fogo e quebrando janelas no tribunal desde o final de maio, quando protestos contra a violência policial começaram em decorrência da morte de George Floyd em Mineápolis.
Os prefeitos democratas disseram que o destacamento aumentou as tensões em protestos em grande parte pacíficos contra o racismo.