A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, condenou neste domingo (12) os episódios de violência ocorridos ontem (11) em Roma durante uma manifestação contra a morte do ítalo-egípcio Ramy Elgaml.
O jovem de 19 anos morreu em novembro do ano passado em Milão, na região da Lombardia, em um acidente de scooter enquanto era perseguido pela polícia. Ele e Fares Bouzidi, amigo que conduzia o veículo, teriam furado uma blitz.
Os violentos confrontos entre manifestantes e agentes, que também aconteceram em um ato organizado em Bolonha, deixaram dezenas de pessoas feridas durante a noite.
Na capital, principalmente no bairro de San Lorenzo, os participantes do protesto detonaram cartas-bomba e lançaram gás lacrimogêneo contra os policiais, que responderam com golpes de cassetetes.
"Em meio a bombas de papel, gás lacrimogêneo e agressões, ontem à noite em Roma vimos o enésimo episódio ignóbil de desordem e caos pelos manifestantes habituais que saíram às ruas não para protestar por uma causa, mas puramente em espírito de vingança", escreveu a premiê em suas redes sociais.
Em Bolonha, a sinagoga local foi vandalizada na noite entre sábado e domingo, junto com outras áreas do centro da cidade após a marcha por Ramy, com o prefeito bolonhês, Matteo Lepore, expressando solidariedade à comunidade judaica.
"Apesar das declarações feitas online por aqueles que promoveram esta reunião violenta, não houve nenhuma manifestação política, apenas devastação", disse Lepore.
A polícia deteve duas pessoas em Bolonha que foram denunciadas às autoridades e depois liberadas sob acusações de resistência e agressão agravada contra agentes públicos. .