O primeiro-ministro da Moldávia, Dorin Recean, disse nesta sexta-feira que o país enfrenta uma crise de segurança depois de o enclave separatista da Transnístria ter tido seu fornecimento de gás russo cortado. O gás russo que passa pela Ucrânia e chega à Europa central e ao Leste Europeu foi interrompido no dia do Ano Novo, depois que um acordo de trânsito entre os países expirou, e Kiev rejeitou fazer mais negócios com Moscou. Recean afirmou que a Moldávia vai suprir suas próprias necessidades energéticas com produção nacional e importações, mas que a região da Transnístria sofreu um forte golpe, apesar de seus laços com Moscou. Moradores perderam o acesso a água quente e aquecimento de interiores, e todas as fábricas — com exceção das alimentícias — tiveram que interromper suas produções. "Prejudicando o futuro do protetorado que apoiou por três décadas, em uma tentativa de desestabilizar a Moldávia, a Rússia revela o resultado inevitável para todos os seus aliados: traição e isolamento", afirmou Recean em comunicado. "Tratamos o tema como uma crise de segurança, objetivando o retorno de forças pró-Rússia ao poder na Moldávia e voltar nosso território contra a Ucrânia, com quem compartilhamos uma fronteira de 1.200 quilômetros", completou. O autointitulado presidente do enclave, Vadim Krasnoselsky, disse que cortes de energia eram inevitáveis, por causa da interrupção do fluxo de gás e da demanda por eletricidade.
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