Premiê israelense Netanyahu diz que tentativa de assassinato do Hezbollah é "um grave erro"

Israel atacou o que disse serem instalações de armas do Hezbollah no sul de Beirute neste sábado

19 out 2024 - 14h23
(atualizado às 16h47)
Primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu
Primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu
Foto: Eduardo Munoz/Reuters

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a tentativa do Hezbollah de assassinar ele e sua esposa neste sábado foi "um grave erro", depois que seu porta-voz disse que um drone foi lançado do Líbano contra sua casa de férias.

Nenhum dos grupos que dispararam contra Israel no último ano, incluindo o Hezbollah, grupo armado libanês apoiado pelo Irã, reivindicou a responsabilidade por esse ataque.

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Israel atacou o que disse serem instalações de armas do Hezbollah no sul de Beirute neste sábado, depois que o grupo armado libanês disparou foguetes contra o norte de Israel e um porta-voz disse que um drone foi lançado contra a casa de férias do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Netanyahu não estava lá no momento, disse seu porta-voz, e não ficou imediatamente claro se o prédio foi atingido.

Os ataques ocorreram no momento em que as autoridades de saúde de Gaza, onde Israel vem tentando erradicar o grupo militante palestino Hamas há mais de um ano, disseram que os bombardeios israelenses mataram pelo menos 35 pessoas e que o cerco em torno de três hospitais havia se intensificado.

As promessas de Israel e de seus inimigos Hamas e Hezbollah de continuarem lutando esfriaram as esperanças de que a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, na quarta-feira, pudesse levar a tréguas em Gaza e no Líbano e evitar uma nova escalada no Oriente Médio.

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Autoridades, diplomatas e outras fontes afirmam que, com a aproximação das eleições nos EUA, Israel está buscando usar operações militares intensificadas para tentar proteger suas fronteiras e garantir que seus rivais não possam se reagrupar.

Neste sábado, aviões israelenses lançaram panfletos sobre o sul de Gaza com uma foto de Sinwar e a mensagem: "O Hamas não governará mais Gaza".

Nos subúrbios ao sul de Beirute, Israel realizou ataques pesados em vários locais, deixando espessas nuvens de fumaça pairando sobre a cidade durante a noite.

Os ataques tiveram como alvo "várias instalações de armazenamento de armas do Hezbollah e um centro de comando do quartel-general da inteligência do Hezbollah", disseram os militares de Israel.

Israel emitiu ordens de retirada para quatro bairros separados dentro dos subúrbios, pedindo aos residentes que se afastassem 500 metros, mas realizou ataques em outras áreas também, disseram testemunhas.

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Dezenas de milhares de pessoas fugiram dos subúrbios do sul - antes uma zona densamente povoada que também abrigava escritórios e instalações subterrâneas do Hezbollah - desde que Israel começou a realizar ataques regulares há cerca de três semanas.

Um ataque aéreo israelense em 27 de setembro matou o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e ataques nas proximidades mataram outras figuras importantes do grupo apoiado pelo Irã.

Os Estados Unidos gostariam que Israel reduzisse alguns de seus ataques em Beirute e arredores, disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.

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