O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, confirmou presença na posse do presidente eleito Jair Bolsonaro.
A organização da cerimônia citou questões de segurança para não divulgar a lista completa de convidados confirmados, mas outros nomes já são dados como certos, como os presidentes Sebastián Piñera (Chile), Iván Duque (Colômbia), Mario Abdo (Paraguai), Tabaré Vázquez (Uruguai) e Martín Vizcarra (Peru).
Em alinhamento com a política externa dos Estados Unidos, o novo governo brasileiro desconvidou Venezuela, Cuba e Nicarágua, já que, segundo o futuro chanceler Ernesto Araújo, esses regimes violam a liberdade do povo.
Entretanto a Hungria também enfrenta crises, com milhares indo às ruas de Budapeste protestar contra Orbán, que lidera um governo de extrema direita. Partidos de oposição, sindicatos, civis e estudantes reclamaram, na última semana, de medidas autoritárias e protestaram contra uma reforma trabalhista que os críticos têm chamado de "lei da escravidão".
Orbán foi reeleito em abril deste ano, apoiado em uma forte campanha anti-imigração, que acabou levando o Parlamento Europeu a aprovar um processo disciplinar contra a Hungria por violações do Estado de Direito. O premier também já foi notificado pela UE por causa de iniciativas que comprometeram a independência do Judiciário e do Banco Central da Hungria.
Também da Europa, devem participar da posse o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, e o ministro italiano da Agricultura, Gian Marco Centinaio. Segundo o Itamaraty, haverá ainda presidentes, vice-presidentes, 14 enviados especiais e três diretores de organismos internacionais que não foram divulgados.