O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, afirmou em coletiva de imprensa na noite deste sábado (16) que o país está fazendo o afrouxamento das rígidas regras para enfrentar a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) com um "risco calculado aceitável".
"As medidas da Fase 1 produziram os resultados esperados, assim poderemos partir novamente com confiança e senso de responsabilidade. As regiões devem assumir as suas responsabilidades. Enfrentamos um risco calculado aceitável, a curva de contágios poderá voltar a subir, e serão possíveis novos fechamentos", disse em sua primeira coletiva presencial desde março.
A partir dessa segunda-feira (18), serão reabertos os serviços de atendimento pessoal, como barbearias, salões de beleza, centros estéticos, spas, e de atendimento direto ao público, como bares, restaurantes, sorveterias e praias. Também estão permitidas celebrações religiosas e o reencontro com amigos, respeitando medidas de distanciamento social.
Apenas as movimentações entre as regiões e as fronteiras nacionais ficarão fechadas até o dia 3 de junho, com exceções para casos de emergência comprovada. Um dos mais críticos governadores a Conte, o líder da Ligúria, Giovanni Toti, celebrou o anúncio e disse que com o novo decreto "chegou ao fim o confronto entre regiões e governo".
"São 3h20 da manhã. Chegou ao fim o confronto entre regiões e governos sobre o decreto que deverá reabrir a Itália a partir de segunda-feira. No acordo, as bases das regiões serão beneficiadas pelo decreto, de maneira a dar segurança a todos os operadores econômicos com as regras certas e aplicáveis. Ao país, serve simplicidade e clareza", escreveu Toti em sua página do Facebook.
Outro crítico ao governo de Roma, o governador do Vêneto, Luca Zaia, também informou que o decreto regional está pronto "só esperando a minha assinatura".
A Itália vem reabrindo, desde o dia 4 de maio, diversos setores econômicos para a retomada da "nova normalidade" de enfrentamento da Covid-19. Até o momento, são 224.760 casos confirmados da doença por todo o país e há 31.763 mortes.