Premier italiano faz discurso duro em reunião do Conselho UE

Conte afirmou ser 'inaceitável' veto sobre plano de recuperação

18 jul 2020 - 11h05
(atualizado às 11h20)

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, fez um discurso duro neste sábado (18) durante o segundo dia da cúpula dos líderes da União Europeia, informam fontes ligadas ao governo de Roma.

Conte fez um discurso focado em países que não estão apresentando propostas construtivas
Conte fez um discurso focado em países que não estão apresentando propostas construtivas
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Segundo as fontes, o discurso focou "em particular, nos países que querem fazer um veto sobre a atuação do orçamento, o que é inadmissível juridicamente e politicamente porque altera a estrutura institucional europeia".

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O discurso ocorreu pouco antes da suspensão dos trabalhos do Conselho Europeu e quis atacar "a aproximação bem pouco construtiva de alguns países que estão questionando as discussões, demonstrando fraca consciência sobre a crise histórica que a Europa está vivendo e sobre a necessidade de uma rápida e eficaz reação".

Ainda sobre o fundo de recuperação, que ajuda especialmente os países mais afetados pela pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) a retomar sua economia, Conte classificou o momento como um "divisor de águas" porque "amanhã, deve ser enfrentada em todas as sedes europeias uma reforma orgânica da política fiscal europeia".

Na fala, ainda com base nas fontes, o premier italiano informou que o país decidiu, por inciativa própria, "um percurso de reformas que permite avanços, mas pretende também ter uma séria política fiscal comum, de maneira a enfrentar de uma vez por toda os superávits comerciais e os dumpings fiscais para competir de maneira igual".

A intervenção foi considerada ampla, conforme os espectadores, e não bateu de frente com a nova proposta apresentada neste sábado pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, para tentar encontrar um consenso entre os líderes tanto sobre o fundo como para o balanço do período 2021-2027.

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Outra informação de bastidor, no entanto, aponta que um dos pontos apresentados por Michel, o chamado "freio de emergência", está sendo rejeitado tanto pelos italianos como pelos espanhóis. 

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