O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sugeriu nesta sexta-feira que o comandante do grupo rebelde Estado Mayor Central (EMC), Ivan Mordisco, estava planejando assassiná-lo com franco-atiradores.
O EMC é uma facção dos antigos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que rejeitaram o acordo de paz de 2016 e continuaram a luta armada.
As relações entre o governo e certas facções do EMC estão em um nível muito baixo depois que o cessar-fogo entre os dois lados foi interrompido.
"Gostaria de perguntar ao vulgo "Iván Mordisco" se é verdade que ele se aliou à autodenominada "Nova Junta do Narcotráfico" com sede clandestina em Dubai, de onde cometem crimes, para me matar com franco-atiradores pagos", escreveu Petro em sua conta no X.
Petro não deu detalhes sobre o grupo criminoso baseado em Dubai, enquanto fontes da inteligência disseram à Reuters que não tinham conhecimento dele.
Petro iniciou conversações de paz com o EMC, que tem cerca de 3.859 membros, no final do ano passado como parte de seus esforços para acabar com um conflito interno de seis décadas que deixou quase meio milhão de pessoas mortas.
Mas, em meados de julho, o governo suspendeu o cessar-fogo bilateral com uma parte do EMC que se separou de uma negociação de paz, mas o manterá por mais três meses com as estruturas que permaneceram no diálogo.