O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, suspendeu as negociações de paz com o grupo de esquerda Exército de Libertação Nacional (ELN), nesta sexta-feira, depois de acusar o grupo de cometer um crime de guerra na região de Catatumbo.
"O processo de diálogo com esse grupo está suspenso, o ELN não tem vontade de paz", disse Petro no X.
Na quinta-feira, combatentes do ELN mataram pelo menos cinco membros desmobilizados da antiga facção rebelde das Farc que faziam parte de um acordo de paz de 2016. O grupo também lançou ataques contra integrantes do Estado Maior Central (EMC), uma facção dissidente das Farc envolvida em negociações de paz separadas com o governo.
A violência levou ao deslocamento de civis e à condenação das Nações Unidas.
Os diálogos de paz entre o ELN e o governo, que foram reiniciados em 2022, foram marcados por contratempos. Em setembro, o governo suspendeu as negociações um dia depois que um ataque do ELN com explosivos matou dois soldados e feriu 29 perto da fronteira com a Venezuela.
As negociações também foram interrompidas quando o governo iniciou negociações separadas com um grupo dissidente do ELN no sudoeste, enquanto o ELN retomava os sequestros, os bombardeios de oleodutos e os ataques às forças de segurança.