A presidente do México, Claudia Sheinbaum, criticou a Suprema Corte do país nesta segunda-feira por, segundo ela, exceder sua autoridade, enquanto avalia se deve considerar inconstitucional parte de uma reforma judicial recentemente promulgada.
A disputa coloca a maioria dos 11 membros da Suprema Corte contra a nova presidente, que assumiu o cargo no mês passado, sobre os limites do poder do tribunal de revisar a reforma judicial constitucional que exige a mudança para um sistema de juízes eleitos nos próximos dois anos.
A reforma foi aprovada por uma maioria de dois terços do Congresso mexicano em setembro e, em seguida, aprovada pela maioria dos legislativos estaduais do país, ambos requisitos para emendas constitucionais.
Apenas três membros do tribunal declararam publicamente que apoiam a reforma.
"É preciso deixar bem claro que oito juízes não podem estar acima do povo", disse Sheinbaum a repórteres em uma coletiva de imprensa, acrescentando que seu governo está pronto para responder a qualquer decisão do tribunal nos próximos dias.
A reforma assustou os mercados e atraiu críticas dos Estados Unidos, o maior parceiro comercial do México, que afirmou que ela coloca em risco o Estado de Direito do país.