Procuradoria da Venezuela pede ao Supremo que declare partido de Guaidó como grupo "criminoso"

25 mai 2020 - 17h40

O procurador-geral da Venezuela solicitou nesta segunda-feira ao mais alto tribunal do país que declare o partido "Vontade Popular", do líder da oposição Juan Guaidó, como um grupo "criminoso com fins terroristas", e, como consequência, que o dissolva.

O líder opositor venezuelano, Juan Guaidó. 10/03/2020. REUTERS/Manaure Quintero.
O líder opositor venezuelano, Juan Guaidó. 10/03/2020. REUTERS/Manaure Quintero.
Foto: Reuters

O pedido ao Supremo Tribunal de Justiça foi tornado público pelo procurador-geral, Tarek Saab, que mencionou que membros do partido "Vontade Popular" participam de atos violentos desde 2002 e, mais recentemente, "financiaram uma incursão mercenária contra nosso território".

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Em 3 de maio, o governo do presidente Nicolás Maduro denunciou que um grupo de militares venezuelanos e dois norte-americanos tentaram fazer uma incursão no país.

Saab também responsabilizou o partido por "pressionar a AT&T (empresa de telecomunicações dos Estados Unidos) para remover a Directv da Venezuela" e solicitar ao governo de Donald Trump "que impeça os navios-tanque iranianos de chegarem ao país trazendo gasolina e aditivos".

O partido "Vontade Popular", cujos principais líderes estão no exílio ou sob a proteção de diferentes embaixadas, rejeitou as alegações de Saab em sua conta no Twitter. "Pretendem nos classificar como terroristas e organização criminosa, características que, na verdade, descrevem a ditadura, e não os partidos democráticos que enfrentamos", escreveram eles.

Outras organizações políticas da oposição rejeitaram a medida. O partido "Primeiro Justiça", um dos quatro maiores grupos que apoiam Guaidó, criticou no Twitter as tentativas de "criminalizar e classificar como organização terrorista o partido político, um aliado da luta".

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