Diversas cidades do mundo estão registrando protestos neste fim de semana conta o racismo após a morte de George Floyd, homem negro que foi asfixiado por um policial branco em Minneapolis, nos Estados Unidos.
Os grupos de manifestantes foram às ruas nas capitais da Alemanha e Reino Unido, além de Toronto, no Canadá. Em Berlim, milhares de pessoas protestaram em frente à embaixada americana, enquanto que, em Londres, os grupos gritavam "Justiça por George Floyd".
Já nos EUA, foi registrada a quinta noite seguida de atos desde o dia da ação policial na segunda-feira (25).
Apesar do toque de recolher ser decretado em cerca de 25 cidades em 16 estados, os protestos antirracistas estão se espalhando para grandes municípios do país, como Nova York, Seattle, Los Angeles, Chicago, Cleveland, Dallas, Atlanta, entre outras.
Confrontos entre policiais e manifestantes já provocaram a morte de três pessoas e a prisão de mais de mil, de acordo com a imprensa local. A guarda nacional de Minnesota foi mobilizada para tentar controlar o vandalismo e lançou bombas de gás lacrimogêneo e granadas para dispersar a multidão.
Ontem (30), o presidente americano, Donald Trump, reagiu mais uma vez aos tumultos, classificando a morte de Floyd como uma "tragédia". Segundo o republicano, ele acabará com os atos realizados por "um pequeno grupo de criminosos, vândalos e anarquistas" que "desonram a memória" da vítima.
Para Trump, a violência e vandalismo são o trabalho de antifascistas e outros grupos de extrema esquerda que aterrorizam inocentes, destroem empregos e empresas e queimam prédios.
O candidato democrata na corrida à Casa Branca, Joe Biden, condenou a violência no país, em um comunicado, mas enfatizou que os atos são um direito da população.
"Protestar contra essa brutalidade é correto e necessário. É uma resposta absolutamente americana, mas inflamar comunidades e destruir desnecessariamente não é", finalizou.
Caso -
George Floyd, de 46 anos, morreu na última segunda-feira (25) quando estava sob custódia da polícia de Minneapolis. Ele havia sido preso sob suspeita de ter tentado usar uma nota falsa de US$ 20 em um mercado.
No principal vídeo postado nas redes sociais, de quase 10 minutos, é possível ver Floyd completamente imobilizado pelo agente Derek Chauvin, preso e acusado formalmente de homicídio culposo.
Diversas pessoas que estavam acompanhando a ação, pediam para que o policial branco tirasse o joelho do pescoço da vítima, que relatou por diversas vezes que não estava conseguindo respirar.
Quando o homem ficou visivelmente imóvel, uma ambulância chegou e Floyd foi retirado do local. Na versão oficial, Floyd morreu "após um incidente médico durante uma operação policial".