Protestos nos EUA: as novas acusações contra policiais pela morte de George Floyd

Após onda de protestos, o ex-policial Derek Chauvin agora enfrenta denúncia de homicídio em segundo grau.

3 jun 2020 - 19h10
Derek Chauvin enfrenta denúncia de homicídio em segundo grau
Derek Chauvin enfrenta denúncia de homicídio em segundo grau
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Novas acusações foram feitas contra todos os policiais envolvidos na ação que terminou com a morte do americano negro George Floyd, em Minneapolis.

A acusação contra Derek Chauvin, que se ajoelhou sobre o pescoço de Floyd por 8 minutos durante uma abordagem, foi elevada para um assassinato em segundo grau (numa escala de três), de acordo com documentos obtidos do tribunal.

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Os outros três policiais são investigados por ajudar e favorecer o assassinato, afirmam os documentos.

A morte de Floyd despertou uma grande onda de protestos contra o racismo e a violência policial contra negros.

A grande maioria dos protestos nos últimos oito dias foram pacíficos, mas alguns se tornaram violentos, com depredações e confrontos. Diversas cidades dos EUA decretaram toques de recolher para evitar que as pessoas saíssem às ruas.

Derek Chauvin inicialmente foi acusado de homicídio em terceiro grau - na lei americana, um equivalente ao que a lei brasileira define como homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

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A morte de Floyd gerou uma onda de protestos nos Estados Unidos, sob o slogan "Vidas Negras Importam"
Foto: AFP / BBC News Brasil

A senadora eleita por Minnesota Amy Klobuchar disse no Twitter que as novas acusações são "outro passo importante para que se faça justiça".

Mas o advogado da família Floyd, Benjamin Crump, disse à CNN que acredita que a acusação contra Derek Chauvin deveria ser assassinato em primeiro grau. Ele disse, porém, que a família foi informada de que a investigação estava em andamento e as acusações poderiam mudar novamente.

O que significam essas acusações?

O assassinato em primeiro e segundo graus, de acordo com a lei de Minnesota, exige provas de que o réu tinha a intenção de matar. O primeiro grau na maioria dos casos também requer premeditação, sendo o segundo grau mais relacionado a crimes passionais.

Uma condenação por assassinato em terceiro grau significa que o réu não tinha a intenção de matar a vítima, mas que apenas que suas ações eram perigosas e foram realizadas sem levar em conta a vida humana.

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