Um jovem de 19 anos e um agente federal morreram entre a noite desta sexta-feira (29) e manhã deste sábado (30) durante novo protesto pela morte de George Floyd, homem negro asfixiado por um policial branco, em Minneapolis, nos Estados Unidos. Os atos foram realizados em pelo menos 30 cidades do país, entre elas Saint Paul (Minnesota), Atlanta (Geórgia), Detroit (Michigan), Nova York, Portland (Oregon), Dallas, Houston (Texas), Los Angeles, San Jose, Oakland (Califórnia), Las Vegas (Nevada), Columbus (Ohio) e Phoenix (Arizona).
De acordo com a emissora americana CNN, centenas de pessoas foram detidas. O número de prisões, no entanto, não foi informado. As mortes ocorreram no Michigan e na Califórnia. O homem foi morto em Detroit depois de ser baleado após uma pessoa abrir fogo contra os manifestantes. As autoridades investigam se ele fazia parte do grupo ou não. Já o policial perdeu a vida em Oakland, enquanto outro agente ficou ferido.
Pelo menos 7,5 mil manifestantes foram às ruas para protestar contra a morte de Floyd. Segundo as autoridades, há registros de saques e lojas incendiadas, além de ataques contra outros policiais. Ontem à noite, um protesto também foi registrado em frente à Casa Branca, em Washington. O presidente dos EUA, Donald Trump, estava no local. O ato teve início em um parque perto do edifício. Milhares de pessoas entoaram slogans como "sem justiça, sem paz" e "diga o nome dele: George Floyd". Alguns cartazes diziam "ele disse que não podia respirar. Justiça para George". O Pentágono pediu ao exército para manter várias unidades militares prontas para serem implantadas em Minneapolis, informou a agência Associated Press.
O governador da Geórgia, Brian Kemp, por sua vez, declarou estado de emergência no condado de Fulton, onde fica Atlanta, devido às tensões e tumultos durante os protestos. Há manifestações em andamento, assim como na capital, em Saint Paul.
A nova onda de protestos acontece no dia em que o policial Derek Chauvin, agente que pressionou o pescoço de Floyd, foi detido pelas autoridades. A autópsia da vítima, no entanto, atualmente exclui "um diagnóstico de asfixia ou estrangulamento traumático". A família pede outro relatório independente.