Caracas tornou-se mais uma vez palco de enfrentamentos da oposição e de simpatizantes do governo chavista de Nicolás Maduro. A atual onda de protestos ganhou tons trágicos na última quarta-feira com a morte de três manifestantes. Desde então, o país vive sob tensão crescente.
Na última quarta-feira, a maioria dos manifestantes já havia se retirado do que até então era uma mobilização pacífica quando indivíduos em motocicletas abriram fogo contra o resto da multidão.
Dois estudantes que marchavam com a oposição e um simpatizante do governo morreram após o episódio. O número de feridos passa de cem, segundo as agências de notícias.
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16 de fevereiro - Governo venezuelano afirma que as manifestações são parte de um "golpe de estado fascista em marcha" e acusa grupos de ultradireita
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16 de fevereiro - Quase três mil estudantes protestaram em Caracas no domingo
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16 de fevereiro - Manifestantes de oposição participam de protesto contra o presidente Nicolas Maduro no último domingo, em Caracas
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16 de fevereiro - Manifestante usa máscara com a bandeira da Venezuela durante protesto, em Caracas
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16 de fevereiro - Jovens caminham em meio a gás de efeito moral jogado pela polícia durante protesto contra o governo de Maduro
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16 de fevereiro - Durante quase duas semanas, milhares de estudantes de todo o país têm protestado nas ruas
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14 de fevereiro - Com bandeiras e cartazes contra a violência e contra o governo de Nicolás Maduro, centenas de estudantes se reuniram na Praça Altamira, no leste de Caracas
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14 de fevereiro - Mais de mil estudantes voltaram às ruas de Caracas, nesta sexta-feira, para protestar contra o governo, de maneira pacífica, enquanto setores governistas preparam uma marcha "contra o fascismo" para este sábado
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14 de fevereiro - Protestos têm registrado grande número de feridos
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14 de fevereiro - Polícia foi acionada para conter os manifestantes
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14 de fevereiro - Há 11 dias, grupos de estudantes e opositores ao governo iniciaram em diferentes cidades passeatas contra a insegurança, a inflação e a escassez de produtos
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14 de fevereiro - Há 11 dias, grupos de estudantes e opositores ao governo iniciaram em diferentes cidades passeatas contra a insegurança, a inflação e a escassez de produtos
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14 de fevereiro - Parentes, amigos e manifestantes velam o corpo do estudante Juan Montoya, um dos três mortos durante protestos na Venezuela
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18 de fevereiro - O presidente Nicolás Maduro exigiu de seu colega colombiano, Juan Manuel Santos, nesta terça-feira, que pare "de se meter nos assuntos internos" da Venezuela
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18 de fevereiro - Manifestantes permaneceram nas ruas de Caracas até o final da noite
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18 de fevereiro - Venezuelana residente no México segura cartaz em apoio ao líder da oposição, Leopoldo López, que se entregou nesta terça-feira
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18 de fevereiro - Venezuelanos residentes no México protestam contra o governo de Nicolás Maduro
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18 de fevereiro - Menina venezuelana acende velas que pedem "SOS" em protesto no México
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18 de fevereiro - Menino acende velas em apoio aos protestos que acontecem na Venezuela
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18 de fevereiro - "Venezuelanos em Monterrey, nós apoiamos nossos estudantes e irmãos", diz cartaz dos manifestantes venezuelanos que moram no México
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18 de fevereiro - Dezenas se reuniram no México para dar apoio aos protestos que acontecem há dias na Venezuela
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18 de fevereiro - Venezuelana chora em protesto nesta terça-feira
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22 de fevereiro - Mulher toca ombro de policial da Guarda Nacional durante marcha da oposição em San Cristóbal
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22 de fevereiro - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ergue uma flor durante ato em Caracas
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22 de fevereiro - Marcha da oposição em Caracas
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22 de fevereiro - Multidão de manifestantes em novo protesto nas ruas de Caracas contra o governo do presidente Nicolás Maduro
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22 de fevereiro - Henrique Randonski Capriles, um dos líderes opositores, na chegada ao protesto em Caracas
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22 de fevereiro - Marcha opositora em San Cristóbal, capital do Estado ocidental de Táchira
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22 de fevereiro - Manifestante participa de protesto em Caracas com cartaz com a imagem do ex-presidente Hugo Chávez
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23 de fevereiro - Moradora exibe retrato do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez durante passeata de anciãos em apoio ao governo de Nicolás Maduro, em Caracas
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23 de fevereiro - Homem com camiseta de Simón Bolívar, herói da independência latino-americana, canta em apoio a Maduro durante passeata de anciãos em Caracas
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23 de fevereiro - Pedro Pablo Rivero, 81 anos, participa de passeata de anciãos em apoio ao governo de Nicolás Maduro na capital da Venezuela, Caracas
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23 de fevereiro - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acena à multidão ao lado de sua esposa, Cilia Flores, em dia de ato público de apoio ao governo venezuelano
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24 de fevereiro - Manifestantes antigoverno montaram barricadas e começaram incêndios na capital venezuelana nesta segunda-feira
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24 de fevereiro - Motociclistas entram em confronto com estudantes que bloqueiam rua em Caracas
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24 de fevereiro - Motoqueiros pró-Maduro desfilam por avenida da capital, Caracas, durante protesto
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24 de fevereiro - Manifestantes entram em confronto com policiais em Altamira, no leste de Caracas
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24 de fevereiro - Manifestantes improvisam equipamentos de defesa e ataque durante confrontos
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26 de fevereiro - No Palácio Presidencial de Miraflores, Maduro recebeu representantes religiosos, empresários, intelectuais, jornalistas, deputados e governadores do partido governista. Os representantes dos partidos reunidos na oposição decidiram boicotar o encontro, que qualificaram de manobra de distração
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27 de fevereiro - Um manifestante da oposição corre com um escudo improvisado durante confronto com a polícia, em Caracas
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27 de fevereiro - Manifestante faz uma pausa durante confronto com a polícia na Praça Altamira, em Caracas
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27 de fevereiro - Manifestante dispara morteiro durante protesto contra o president da Venezuela, Nicolás Maduro
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08 de março - Manifestantes fogem de gás lacrimogêneo em Caracas
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08 de março - Manifestante lança bomba contra a polícia durante protesto. O governo impediu a realização de uma manifestação durante o Dia Internacional das Mulheres
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10 de março - Manifestantes contrários ao governo de Nicolás Maduro participam de protestos em Caracas
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10 de março - Manifestantes participam de protesto em Caracas
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10 de março - Manifestante anti-governo atira pedras contra a polícia durante um protesto na praça Altamira em Caracas
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10 de março - Polícia Nacional em motocicletas passa em nuvem de gás lacrimogênio durante manifestação anti-governo na Praça Altamira, em Caracas
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10 de março - Policial persegue um manifestante oposiçista ao Governo de Nicolás Maduro, na Praça Altamira, em Caracas. A escalada de violência em protestos contra o presidente já dura um mês
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10 de março - Estudante universitário Daniel Tinoco, de 24 anos, é retirado de um veículo ao chegar ao hospital, depois de ter levado um tiro na testa por homens armados não identificados em uma moto, durante protesto em San Cristobal, Tachira, Venezuela
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20 de março - Polícia joga spray de pimenta em manifestantes que protestaram próximo à Universidade Central de Caracas
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20 de março - Manifestantes e policiais se confrontaram na capital Caracas
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20 de março - Guarda Nacional Bolivariana tenta conter manifestantes na capital Caracas
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20 de março - Policiais atiram balas de efeito moral e gás contra pessoas que participam de protesto contra o governo
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20 de março - Manifestante enfrenta soldados da Guarda Nacional Bolivariana durante protesto
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20 de março - Policial é tomado por chamas durante protesto contra o governo de Nicolás Maduro
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20 de março - Pessoas encapuzadas enfrentam as forças do governo
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17 de março - Membros da polícia se protegem da ação dos manifestantes nos arredores de Caracas
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17 de março - Manifestante caminha próximo a ônibus incendiado, na capital Caracas
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1 de abril - agente da Polícia Nacional Bolivariana dispara gás lacrimogêneo contra manifestantes que protestam contra o governo de Maduro, em Caracas
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1 de abril - manifestantes se protegem de gás lacrimogêneo lançado pela Polícia Nacional Bolivariana durante protesto na capital Caracas
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1 de abril - manifestante é detido pelas forças de segurança do governo durante protesto
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2 de abril grupo de manifestantes opositores do governo do presidente Nicolas Maduro incendeiam ônibus em Caracas
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1 de abril - manifestantes enfrentam policiais da Guarda Nacional Bolivariana em Chacao
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1 de abril - membros da Guarda Nacional detêm manifestante em Caracas. A Igreja Católica acusou o presidente Nicolas Maduro de tentar implantar um regime totalitário no país
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1 de abril - funcionários do governo deixam escritório após manifestantes colocarem fogo no edifício
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1 de abril - líder da oposição Maria Corina Machado é barrada pela polícia após ela tentar entrar non Parlamento Venezuelano em Caracas
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29 de março - Manifestantes se enfrentam com agentes das forças do governo no distrito de Chacao
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26 de março Policiais prendem manifestante na capital Caracas
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3 de abril - estudante é agredido e despido por partidários do governo de Nicolás Maduro, durante manifestação na Universidade Central da Venezuela, em Caracas
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3 de abril manifestantes lançam pedras contra a Polícia Nacional Bolivariana durante enfrentamentos na Universidade Central da Venezuela, em Caracas
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3 de abril - estudante é atacado por partidários do governo de Nicolás Maduro na Universidade Central da Venezuela
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3 de abril - policial à paisana é socorrido por colegas depois de ser atingido por fogos de artifício lançados por estudantes da Universidade Central da Venezuela
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6 de abril - manifestantes e policiais entram confronto em Caracas
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6 de abril - membros da Guarda Nacional disparam bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes, em protestos na capital, Caracas
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4 de abril - manifestantes contrários ao governo usam estilingue para atirar pedras contra membros das forças de segurança, em Caracas
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17 de abril - manifestante anti-governo lança um coquetel molotov contra policiais durante os distúrbios com a polícia em Caracas
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17 de abril - policiais se protegem contra foguetes lançados por manifestantes anti-governo durante os distúrbios com a polícia em Caracas; protestos no país já deixaram pelo menos 40 mortos
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17 de abril - Polícia se protege de foguetes lançados por manifestantes anti-governo durante os distúrbios com a polícia em Caracas. Estudantes venezuelanos estão marchando com os pés descalços, trabalhando na construção de crucifixos e planejando queimar efígies do presidente Nicolas Maduro para tentar insuflar movimento de protesto durante a Páscoa
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17 de abril - manifestante anti-governo lança um objeto com gás, antes arremessado pela polícia contra estudantes, durante um protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas
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17 de abril - manifestante anti-governo se afasta de gás lacrimogêneo usado pela polícia durante distúrbios com a polícia em Caracas
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17 de abril - manifestante anti-governo toma cobertura atrás de um escudo rudimentar durante um protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas
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17 de abril - manifestantes anti-governo lançam fogos de artifício contra a polícia durante um protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas
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As mobilizações formam parte da mais recente série de protestos de massa contra as políticas do presidente Nicolás Maduro, sucessor de Hugo Chávez.
Quem está protestando?
O que começou há pouco mais de uma semana como uma manifestação estudantil contra a insegurança em vários estados do país desencadeou uma série de mobilizações às quais diversos grupos políticos e outros setores da sociedade aderiram.
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Inicialmente, estudantes no estado de Táchira, que exigiam maiores medidas de segurança, foram presos por desordem pública. O evento gerou outros protestos neste estado e em Mérida, que resultaram em distúrbios e mais prisões.
Figuras da oposição se uniram às manifestações, convocando seus simpatizantes a saírem às ruas pedindo uma mudança de governo.
O movimento estudantil convocou, para a quarta-feira passada, uma manifestação em apoio a seus colegas presos, da qual também participaram grupos de oposição.
O governo, por sua vez, organizou sua própria manifestação para celebrar o Dia da Juventude, uma data cívica venezuelana que comemora uma batalha da guerra de independência.
Até o final da tarde aconteceram enfrentamentos violentos entre simpatizantes e opositores, cujo motivo é objeto de disputa.
Por que eles protestam?
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Originalmente, os protestos eram contra os altos índices de criminalidade. Mas problemas como a inflação, a falta de bens de consumo básicos, o mercado negro e os apagões também geraram mal-estar em alguns setores. Isso sem falar da oposição de direita, que pretende mudar 15 anos de políticas "chavistas" - iniciadas pelo ex-líder Hugo Chávez e continuadas por Nicolás Maduro.
A Venezuela tem uma das taxas de homicídio mais altas do mundo. Grupos da sociedade civil denunciam a impunidade em relação aos infratores e acusam também as milícias armadas.
O país também sofre com a inflação mais alta na região - que chegou a 56,2% em 2013. Produtos básicos como leite, açúcar, medicamentos e até papel higiênico frequentemente não podem ser encontrados nos supermercados.
Desde 2003, o governo de Chávez impôs um controle cambial às moedas estrangeiras em uma tentativa de frear a fuga de capitais e manter os preços da cesta básica. O dólar oficial vale 6,3 bolívares, mas a moeda no mercado negro vale dez vezes mais.
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É com base nesse mercado negro que os venezuelanos calculam o custo de vida.
A isso se somam os apagões de energia que ocorrem com frequência. Dois aconteceram na capital, Caracas, em 2013, mas muitos ocorreram em outras regiões.
O que diz o governo?
O presidente Nicolás Maduro condenou os incidentes da manifestação da quarta-feira passada e os atribuiu a um levante "nazifascista" que buscaria um golpe de Estado.
"Não haverá golpe de Estado na Venezuela, tenham certeza absoluta, o mundo deve saber disso", declarou.
Maduro pediu a paz, mas afirmou que os que participaram do episódio de violência não ficariam impunes, ao mesmo tempo em que manifestou apoio às investigações que a Promotoria Pública realizará para determinar os possíveis responsáveis.
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Um dia depois, de acordo com a mídia local, o governo emitiu uma ordem de prisão contra o líder opositor Leopoldo López, que é acusado de liderar os protestos da quarta-feira.
Ele também é acusado de incitação à delinquência, de intimidação pública, de danos à propriedade pública e até de homicídio doloso qualificado.
López, um dos líderes opositores de maior projeção, foi prefeito do município de Chacao, na região de Caracas - um dos focos da oposição. Em 2008, no entanto, ele foi impedido de exercer cargos públicos.
Qual é a resposta dos opositores?
Carlos Vecchio, um dos dirigentes do partido de López, disse que a ordem de prisão "é parte de um plano para criminalizar os protestos".
Ativistas estudantis também afirmaram que foram às ruas pedir por mudanças, e não provocar um golpe de Estado.
"Sempre que alguém protesta por um direito, o governo sai com o discurso de que 'sofremos um golpe de Estado' ou que 'estão criando uma agenda oculta para desestabilizar'. Desestabilizada está a sociedade venezuelana que vive com medo e fazendo filas", disse a líder estudantil Arellano.
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Arellano disse ainda que se o governo de Maduro não quer ver mais manifestações, deve responder às exigências dos estudantes.
No entanto, a resposta às convocações por mais protestos por parte dos líderes estudantis e outros líderes da oposição foi limitada, após o episódio da quarta-feira.
Isso possivelmente se deve ao fato de que a oposição está dividida.
Henrique Capriles, o candidato presidencial da oposição e, até agora, a principal figura opositora, se distanciou das iniciativas de Leopoldo López e condenou a violência.
Capriles acredita que este não seja o melhor momento para mobilizações de massa contra o governo e criticou a convocação de uma parte da oposição, que exigiu a saída antecipada de Maduro do poder.
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O ex-candidato defende a opção por "um caminho mais longo", que evite situações que conduzam à violência.
"Esta luta é uma resistência, mas esta resistência não cresce se nos colocarmos saídas que não levam a nada", afirmou.
A postura menos belicosa de Capriles provocou uma queda em sua popularidade, ao mesmo tempo em que López começa a despontar como o novo rosto da oposição.
Nas redes sociais há constantes elogios aos protestos e seus participantes e duras críticas a Capriles. Alguns, inclusive, o chamam de traidor.
Qual é a situação dos detidos e dos feridos?
Os números de pessoas detidas, liberados, presas e feridas nas manifestações muda a todo momento, na medida em que se resolvem casos individuais, e também muda de acordo com as fontes.
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O que ninguém contesta são as três pessoas que morreram na quarta-feira passada, dia 12 de fevereiro: dois estudantes ativistas e um simpatizante do governo, dos chamados "coletivos".
Os números oficiais dizem que 99 pessoas foram detidas até o domingo por suposta participação em episódios de violência ou outros delitos em Caracas e outros estados.
De acordo com o site da Promotoria Pública, a maioria destas pessoas foram libertadas depois de serem aplicadas medidas cautelares. 13 delas foram presas.
No dia 13 de fevereiro, um dia depois do confronto, as autoridades diziam que o número de feridos era 66. No entanto, agências de notícias informam que já passa de 100.
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Por outro lado, a ONG Foro Penal Venezolano diz que 155 pessoas foram detidas, a maioria em Caracas, e que seis delas estão presas esperando a decisão dos tribunais.
A ONG também menciona 22 feridos durante as manifestações, 14 deles por tiros, só no estado de Lara.
Uma advogada do Foro Penal Venezolano disse ao canal de notícias colombiano NTN24 que alguns presos foram vítimas de torturas por parte da polícia.
Segundo ela, eles teriam recebidos golpes, choques elétricos e ameaças de serem queimados após serem molhados com gasolina.
Não há confirmação independente destas afirmações e o governo não respondeu às denúncias.
O contexto dos protestos
Qualquer seja a avaliação dos fatos da última semana, a Venezuela enfrenta desafios complexos e tem pela frente um longo caminho até a estabilização.
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Em primeiro lugar, o país está tão polarizado politicamente que qualquer atitude que o governo tome não tardará a receber uma reação contrária de igual força. O mesmo acontece com a oposição.
A situação não contribui para atacar o problema mais urgente do país: a economia. A oposição insiste que a culpa pelos problemas econômicos do país é da administração chavista, mas oficialmente se fala de uma "guerra econômica" impulsionada pelos inimigos da Revolução Bolivariana.
A alta taxa de inflação e a escassez de produtos básicos ainda não foram resolvidas.
A Assembleia Nacional outorgou poderes especiais ao presidente Maduro para decretar leis que aumentem o controle estatal da economia. Entre elas está a limitação dos ganhos sobre a venda de produtos e a fixação de preços justos para o consumidor.
Mas os críticos asseguram que estas medidas só aprofundarão as distorções da economia, criando mais escassez e um mercado negro descontrolado.
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