A partir do anúncio da morte da rainha Elizabeth II, nesta quinta-feira, 8, o Palácio de Buckingham colocou em prática a operação London Bridge, para a realização de seu funeral. A programação terá dez dias, com ações específicas que devem ser realizadas a cada hora e dia.
O protocolo existe há anos, e foi atualizado com o tempo. O roteiro detalha quais ações serão tomadas a partir da comprovação da morte da monarca. O primeiro a ser informado foi o secretário pessoal da rainha, Sir Edward Young, que, em seguida, avisou pessoalmente a primeira-ministra Liz Truss, com a seguinte frase: "a Ponte de Londres caiu".
Depois, a notícia foi transmitida ao secretário de gabinete e ao gabinete do conselho privado, que coordena o trabalho do governo. Só então, foi feita a "notificação oficial" ao público, conforme informou o jornal The Guardian.
Além disso, também foram informados os 15 governos dos países onde a rainha Elizabeth II era chefe de Estado e para os 38 países da Commonwealth (Comunidade das Nações). No Palácio de Buckingham, o anúncio oficial da morte foi emoldurado nas grades. Os sinos da Abadia de Westminster, igreja de Londres, foram tocados.
Segundo o plano, a data da morte é o "Dia D". Os demais são D+1, D+2, e assim por diante. Veja abaixo como será a programação dos dias após a morte da Rainha Elizabeth II.
Dia D
- Saudações com armas cerimoniais no Hyde Park e em Tower Hill, com um minuto de silêncio;
- O Rei Charles III, filho de Elizabeth II faz o seu primeiro pronunciamento no cargo, e se reúne com o conde marechal do Reino Unido, Edward Fitzalan-Howard, para assinar oficialmente os planos funerários completos.
Dia D+1
- Charles é proclamado rei junto ao Conselho de Adesão;
- Reunião entre a primeira-ministra, governo e novo rei;
- Trabalhos parlamentares ficam suspensos por dez dias.
Dia D+2
- Caixão sai do Palácio de Balmoral para ser levado até Palácio de Holyroodhouse;
- Proclamações nas nações descentralizadas em Edimburgo, Cardiff e Belfast, e tributos no parlamento.
Dia D+3
- Charles III faz uma transmissão aos países da Commonwealth;
- O Conselho de Adesão, que inclui figuras do governo e conselheiros privados, se reúne no Palácio de St. James para a proclamação principal do novo rei, que é lida em público de uma varanda no Palácio;
- Rei Charles III embarca numa viagem pelo Reino Unido, começando pela Escócia. Ele deve receber uma moção de condolências no Parlamento escocês e participar de uma celebração religiosa na Catedral de St. Giles, em Edimburgo.
Dia D+4
- Rei Charles III visitará a Irlanda do Norte, onde deverá receber condolências no Castelo de Hillsborough e comparecerá à Catedral de Santa Ana, em Belfast, para um serviço de oração e reflexão sobre a vida da rainha Elizabeth II;
- Ensaios para a procissão do caixão da falecida rainha do Palácio de Buckingham ao Westminster Hall.
Dia D+5
- Procissão do caixão da rainha, do Palácio de Buckingham ao Westminster Hall. Espera-se que o caixão seja carregado em uma carruagem de armas. Na chegada, haverá uma celebração religiosa.
Dia D+6
- O corpo da rainha ficará no Palácio de Westminster por três dias, recebendo visitas 23 horas por dia;
- Ensaio para o cortejo do funeral de Estado.
Dia D+7
- O rei Charles III viajará para o País de Gales para participar de um serviço na Catedral de Llandaff em Cardiff, e depois visitará o Welsh Senedd, onde receberá uma moção de condolências.
Dia D+8
- O rei deve receber governadores e primeiros-ministros dos reinos.
Dia D+9
- Charles dará as boas-vindas às famílias reais estrangeiras presentes.
Dia D+10
- O caixão será carregado em proceissão de Westminster Hall até Abadia;
- Haverá dois minutos de silêncio em todo o país;
- Haverá duas procissões, em Londres e Windsor;
- Elizabeth será sepultada no Castelo de Windsor, na Capela Memorial do Rei George VI, ao lado de seu pai.