Putin adia desfile militar do Dia da Vitória devido ao coronavírus

16 abr 2020 - 15h13

Citando o agravamento da crise do coronavírus, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que o país adiará suas comemorações de 9 de maio, incluindo um enorme desfile militar na Praça Vermelha, para marcar os 75 anos da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, preside reunião por videoconferência nos arredores de Moscou
15/04/2020 Sputnik/Alexei Druzhinin/Kremlin via REUTERS
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, preside reunião por videoconferência nos arredores de Moscou 15/04/2020 Sputnik/Alexei Druzhinin/Kremlin via REUTERS
Foto: Reuters

O Kremlin esperava assinalar o aniversário com uma pompa toda especial neste ano, já que uma série de líderes mundiais compareceria, mas Putin disse em comentários televisionados que não há opção além de adiar o evento.

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"Os riscos associados com uma epidemia que não passou de seu pico são extremamente altos. E isto não me dá o direito de iniciar preparativos para o desfile e outros eventos públicos", disse.

O número de casos de coronavírus na Rússia começou a subir acentuadamente neste mês, mas o país relatou bem menos infecções do que muitas nações ocidentais da Europa nos estágios iniciais do surto.

A Rússia confirmou 3.448 casos novos nesta quinta-feira, um recorde de aumento diário que elevou o total nacional a 27.938. As autoridades dizem que 232 pessoas morreram.

Nesta semana, várias organizações de veteranos de guerra apelaram para que Putin adiasse o desfile, dizendo querer que seja um evento memorável e espetacular - algo que parecia improvável com Moscou e muitas regiões russas em isolamento.

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Em comentários transmitidos pela televisão estatal nesta quinta-feira, Putin não disse quando o desfile acontecerá, mas disse que certamente será neste ano.

No poder como presidente ou primeiro-ministro há mais de duas décadas, Putin supervisiona o desfile militar de 9 de maio todos os anos de uma tribuna repleta de veteranos de guerra.

Muitos líderes ocidentais boicotaram a ocasião depois que a anexação russa da Crimeia em 2014 colocou as relações em seu pior momento pós-Guerra Fria, mas neste ano o Kremlin tinha esperança de que muitos líderes mundiais apareceriam.

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