Putin diz que Rússia está preparada para novas sanções

Presidente afirma que país continuará a ajudar separatistas da Ucrânia

24 fev 2022 - 16h24
Presidente da Rússia, Vladimir Putin
Presidente da Rússia, Vladimir Putin
Foto: Sputnik/Alexey Nikolsky/Kremlin via REUTERS

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disseram nesta quinta-feira, 24, que a Rússia criou ferramentas de segurança suficientes para sobreviver à volatilidade do mercado e que o país "está preparado" para novas sanções e restrições por nações de todo o mundo, segundo agências internacionais.

À mídia estatal, Putin enfatizou aos líderes estrangeiros que eles não deveriam empurrar a Rússia para fora do sistema econômico global. "Não vamos infligir danos ao sistema da economia mundial em que nós mesmos estamos", disse ele. "Parece-me que nossos parceiros devem entender isso e não se impor a tarefa de nos empurrar para fora desse sistema."

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Peskov, por sua vez, disse que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para garantir que a reação do mercado seja a mais breve possível. A Rússia prometeu responder de maneira severa às sanções anunciadas pela União Europeia (UE), afirmando que elas "não vão impedir" Moscou de ajudar os separatistas pró-russos da Ucrânia.

"Conforme o princípio da reciprocidade, que é a base do direito internacional, vamos tomar severas medidas de retaliação", declarou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em um comunicado. "Essas medidas pouco amistosas da UE contra a Rússia não vão impedir o desenvolvimento progressivo" dos laços entre Moscou e os separatistas ucranianos e "a entrega de ajuda" a esses grupos pró-russos.

Os países ocidentais preparam, nesta quinta-feira, uma bateria de amplas sanções econômicas contra a Rússia, no intuito de bloquear seu acesso aos mercados de Europa e Estados Unidos.

A UE já instaurou uma "restrição" às capacidades de financiamento do Estado russo, seu governo e Banco Central.

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Depois que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o reconhecimento dos separatistas, Berlim suspendeu a certificação do estratégico gasoduto Nord Stream 2, uma infraestrutura já concluída para levar energia da Rússia para a Alemanha.

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