O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prorrogou as medidas de isolamento social em consequência do coronavírus por mais duas semanas nesta terça-feira, e ao mesmo tempo ordenou que o governo inicie os preparativos para uma suspensão gradual das restrições a partir de meados de maio. Embora tenha dito que o número de casos confirmados do novo coronavírus estejam se estabilizando agora, ele alertou que os piores dias do surto no país ainda estão por vir.
A quantidade de casos novos na Rússia cresceu 6.411 nesta terça-feira, um recorde, o que eleva o total nacional a 93.558. O número de mortes aumentou em 72, também um recorde diário, elevando o total de óbitos a 867. Com estas cifras, o país agora é o oitavo do mundo em termos de casos confirmados, embora até agora tenha registrado muito menos mortes do que muitos dos países mais afetados. "Agora estamos entrando em um novo estágio, talvez o mais intenso da luta contra a pandemia", disse Putin ao se dirigir aos chefes das 95 regiões russas por videoconferência. Ele renovou o isolamento até 11 de maio, o final do período de finais de semana de feriados públicos consecutivos. Putin pediu à população que evite grandes aglomerações durante os feriados do mês que vem, normalmente uma época em que as pessoas viajam e fazem churrascos ao ar livre. O presidente russo ordenou que o governo prepare diretrizes para a amenização gradual das restrições a partir de 12 de maio e que apresente um novo plano emergencial de ajuda econômica, o terceiro até agora, para suavizar o impacto do vírus -- mas não deu detalhes. A Rússia já gastou o equivalente a quase 40 bilhões de dólares em auxílio de emergência, propondo que grandes bancos ajudem com compras agressivas de dívida estatal para financiar novas exigências orçamentárias para aparar o golpe do coronavírus. Dados do Yandex,, o principal mecanismo de busca russo, levam a crer que os moradores de Moscou estão mais relapsos na observância do isolamento. O índice de confinamento, compilado de atividades como o uso de mapas e táxis, caiu para até 3 em uma escala de 5 nesta terça-feira, menos do que no começo de abril. A capital tem sido mais atingida pelo vírus e impôs as restrições mais duras, exigindo que os moradores baixem passes digitais para saírem. Mais de 20 outras regiões planejam adotar passes semelhantes.
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))
REUTERS PF