O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta sexta-feira (24) que está pronto para negociar o fim do conflito no leste europeu, inclusive envolvendo seu homólogo americano, Donald Trump, mas acusou a Ucrânia de ser contra a isso.
"Sempre dissemos isso, e quero reiterar, que estamos prontos para tais negociações sobre a questão ucraniana. No entanto, enfrentamos algumas questões particulares aqui que exigem atenção especial", disse o mandatário, citado pela agência Tass, após sua visita à Universidade Estatal de Moscou.
Putin ainda mencionou que "o atual chefe do regime de Kiev [Volodymyr Zelensky], quando ainda era um chefe de Estado bastante legítimo, assinou um decreto proibindo todas as negociações com a Rússia".
O presidente russo acrescentou que sempre teve um relacionamento pragmático e de confiança com Trump, elogiando sua "inteligência", tanto que se diz pronto para negociar diretamente com o republicano sobre a guerra em Kiev.
Ainda em relação ao magnata, Putin analisou que, caso Trump tivesse sido reeleito em 2020, o conflito na Ucrânia poderia não ter ocorrido. O russo complementou que o homólogo americano teve sua "vitória roubada" nas eleições vencidas pelo democrata Joe Biden.
A presidência ucraniana, por sua vez, afirmou que não poderá haver negociações entre Putin e Trump sobre a guerra sem a participação da União Europeia e da própria Ucrânia. .