Raiva e tristeza entre familiares de 13 soldados dos EUA mortos no Afeganistão

27 ago 2021 - 20h15

Steve Nikoui estava vidrado nos noticiários da televisão na quinta-feira, desesperado por indicações de que seu filho, o cabo Kareem Nikoui, tinha sobrevivido ao atentado suicida no aeroporto do Afeganistão, quando três fuzileiros navais chegaram à sua porta com a pior notícia possível.

Fuzileiros dos EUA durante operação de saída do Afeganistão
26/08/2020
Corpo de Fuzileiros dos EUA/Sgt. Victor Mancilla/Divulgação via REUTERS
Fuzileiros dos EUA durante operação de saída do Afeganistão 26/08/2020 Corpo de Fuzileiros dos EUA/Sgt. Victor Mancilla/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

O fuzileiro de 20 anos, que no dia anterior havia enviado para casa um vídeo dele dando doces para crianças afegãs, estava entre os 13 militares norte-americanos mortos na explosão.

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"Ele nasceu no mesmo ano em que a guerra começou, e encerrou sua vida com o fim desta guerra", disse Nikoui de sua casa em Norco, na Califórnia, referindo-se ao início das operações militares dos EUA no Afeganistão, em 2001.

O Departamento de Defesa dos EUA não anunciou formalmente os nomes dos militares mortos no ataque no aeroporto de Cabul, mas detalhes de suas vidas começaram a surgir na sexta-feira, quando familiares e amigos foram notificados.

Entre outras vítimas fatais estão um futuro pai de Wyoming, o filho de um policial da Califórnia e um médico de Ohio.

Militantes do Estado Islâmico assumiram a responsabilidade pelo atentado suicida, realizado durante uma retirada em massa de cidadãos norte-americanos e estrangeiros, e de alguns civis afegãos após a tomada do país pelo Taliban.

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Nesta sexta-feira, Nikoui estava esperando um contato do Corpo de Fuzileiros Navais para ajudar nos preparativos para viagem dele e de sua esposa para uma base da Força Aérea em Delaware, onde o corpo de seu filho chegará nos próximos dias.

Ele disse que estava com raiva.

"Estou realmente desapontado com a maneira como o presidente lidou com isso, ainda mais com a maneira como os militares lidaram com isso. Os comandantes no terreno deveriam ter reconhecido essa ameaça e a enfrentado", afirmou Nikoui.

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