Forças rebeldes sírias disseram nesta sexta-feira que seu avanço relâmpago alcançou a cidade central de Homs, o que pode deixar os insurgentes em posição para derrubar outra cidade estratégica ao poder do presidente Bashar al-Assad.
"Nossas forças libertaram o último vilarejo nos arredores da cidade de Homs e estão agora em suas muralhas", afirmou no Telegram a facção síria que lidera o abrangente ataque.
Ex-afiliado da Al-Qaeda, o grupo islâmico agora conhecido como Hayat Tahrir al-Sham (HTS), fez um último apelo às forças leais ao governo de Assad em Homs para que desertassem.
Fontes rebeldes também disseram que haviam tomado a cidade de Daraa, ao sul, perto da Jordânia, após chegarem a um acordo para permitir uma passagem segura para a capital Damasco a autoridades militares para a retirada ordenada do Exército.
A Reuters não pôde confirmar de forma independente as alegações dos rebeldes.
Se os rebeldes muçulmanos sunitas capturarem Homs, isolarão Damasco da costa, reduto da seita minoritária alauíta de Assad e onde seus aliados russos têm uma base naval e uma base aérea.
Uma fonte do Exército sírio disse que qualquer avanço rebelde do norte de Homs enfrentaria as forças do Hezbollah, apoiadas pelo Irã, posicionadas para reforçar as defesas do governo.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, grupo de monitoramento com sede no Reino Unido, disse que milhares de pessoas começaram a fugir de Homs na noite de quinta-feira em direção às regiões costeiras mediterrâneas de Latakia e Tartus, redutos do governo.