Rebeldes tomam cidade síria de grupo apoiado pelos EUA após acordo entre EUA e Turquia, diz fonte

9 dez 2024 - 16h31

Os Estados Unidos e a Turquia chegaram a um acordo para garantir a retirada segura das Forças Democráticas Sírias (FDS), forças curdas sírias apoiadas pelos EUA, da cidade de Manbij, no norte do país, após um avanço dos rebeldes apoiados pela Turquia, disse uma fonte da oposição síria nesta segunda-feira.

Os grupos de oposição sírios apoiados pela Turquia já haviam tomado o controle de Manbij das FDS, segundo uma fonte de segurança turca, um dia após os rebeldes na capital Damasco, no sul, declararem a queda do presidente sírio Bashar al-Assad.

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O presidente turco, Tayyip Erdogan, falando separadamente em Ancara, disse que saudava a retirada dos "terroristas" de Manbij, que as FDS vinham mantendo nos últimos dias em meio a combates com o Exército Nacional Sírio (ENS) e outros grupos apoiados pela Turquia.

Os combatentes curdos "se retiraram da cidade e ainda precisam se retirar de outras áreas" a leste de Manbij, afirmou a fonte da oposição síria com conhecimento do assunto.

As FDS são os principais aliados em uma coalizão dos EUA contra os militantes do Estado Islâmico. A Turquia afirma que a coalizão é liderada por um grupo terrorista intimamente ligado aos militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que lutam contra o Estado turco há 40 anos.

Um vídeo, verificado pela Reuters, mostrou as forças de oposição sendo recebidas por algumas pessoas em Manbij, que fica a cerca de 30 kms ao sul da fronteira turca e a oeste do rio Eufrates.

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As FDS poderiam atravessar a leste do rio, mais perto de uma fortaleza curda, segundo analistas. Alguns de seus combatentes também se retiraram de Tel Refaat e de partes de Aleppo a oeste, nos primeiros dias de uma ofensiva rebelde relâmpago que varreu o sul do país.

Os confrontos esporádicos no norte da Síria continuaram mesmo com o mundo surpreso pelo rápido sucesso da oposição na tomada inicial de Aleppo e, no domingo, de Damasco.

A ofensiva levou menos de duas semanas, depois de uma guerra de 13 anos, e foi liderada pelo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), um grupo que Ancara e o Ocidente consideram terrorista.

Os Estados Unidos disseram que manterão sua presença no leste da Síria, onde as FDS estão concentradas, e tomarão as medidas necessárias para evitar o ressurgimento do Estado Islâmico. Cerca de 900 soldados dos EUA estão no leste da Síria ao lado das FDS.

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