Um acidente de avião quase pôs fim à possibilidade de Charles III tornar-se rei. Isso porque a vida do, na época, príncipe de Gales, foi posta em risco, assim como as vidas de outras 11 pessoas em 29 de junho de 1994. Ele foi o responsável pela aterrissagem malsucedida da aeronave, que resultou em um prejuízo milionário.
Na época do acidente, Charles vivia um momento delicado, em meio à separação da princesa Diana, e estava sob a pressão da opinião pública.
De acordo com Graham Laurie, que pilotava o avião, o primogênito de Elizabeth II pediu para pousar o avião, aproveitando sua experiência como piloto das Forças Armadas britânicas. No momento do pouso, o avião tocou o solo bruscamente e três pneus estouraram, fazendo a aeronave sair da pista.
O voo havia partido de Aberdeen, na Escócia, com destino ao aeroporto de Islay, em uma ilha próxima ao oeste do país. O avião era um British Aerospace BAe-146-100 do governo britânico e levava 11 pessoas a bordo.
Segundo o comandante, em entrevista à imprensa britânica, ele foi relutante, mas acabou concordando e assumiu a culpa pelo acidente. No momento do pouso, a aproximação era instável devido aos fortes ventos. Com isso, a aeronave estava mais alta e rápida do que deveria para pousar naquela pista. Quando o avião tocou o solo, os freios demoraram para ser acionados. O avião parou no gramado com o 'nariz' afundado na lama. Apesar do susto, ninguém se feriu.
Prejuízo
Na época, constrangido, Charles negou tratar-se de um acidente e dizia apenas ter atravessado o final da pista. Financeiramente, foram desembolsados US$ 1,6 milhões para os reparos necessários.
Em 1995, um relatório final sobre o acidente foi emitido pelo Ministério da Defesa do Reino Unido. Charles anunciou que não iria mais pilotar aviões e helicópteros, devido à colisão no ano anterior.
Os comandantes foram acusados de negligência por não terem avisado Charles a respeito das más condições para o pouso, e o monarca foi isento de culpa. Anos depois, Graham Laurie assumiu toda a responsabilidade pelo acidente em um documentário produzido pelo Channel 5.