Reino Unido: homem oferece 10 mil libras por relógio roubado após falhas da polícia em investigação

Após dois anos do roubo, acessório não foi recuperado e a polícia de Dorset não tem pistas; queixa prestada pela vítima fez o órgão pedir desculpas e admitir que os procedimentos para solucionar o caso foram inaceitáveis

6 jul 2024 - 07h36
Foto: Divulgação/Patek Philippe

Uma vítima de um assalto no Reino Unido está oferecendo uma recompensa de £ 10 mil (quase R$ 70 mil) pela devolução de seu relógio raro de luxo que foi roubado, após a polícia se desculpar por não ter trabalhado a tempo de resolver o crime. As informações são do jornal britânico The Telegraph.

Segundo o jornal, o crime aconteceu em 25 de junho de 2022, quando o homem, que preferiu não se identificar, estava entrando em um táxi após deixar o jantar de comemoração de seu 50º aniversário em um restaurante indiano na cidade de Bournemouth, no condado de Dorset. O relógio, um Patek Philippe Nautilus que era herança de família, foi arrancado de seu pulso.

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A vítima tentou perseguir o assaltante por cerca de um quilômetro, mas foi impedido por um grupo de pelo menos 10 adolescentes, que seriam cúmplices do crime. "O assaltante estava esperando do lado de fora do restaurante o tempo todo. Ele sabia onde estavam as câmeras e usava um capuz", diz o dono do relógio.

A vítima também afirma que peças como seu relógio podem ser vendidas por uma quantia de seis dígitos e diz que o valioso acessório, usado apenas cinco vezes, foi um presente de seu pai, seis semanas antes de morrer. Ele planejava também repassar o relógio para seu filho.

Após dois anos do roubo, o acessório não foi recuperado e a polícia de Dorset não tem pistas sobre a autoria do crime. Uma queixa prestada pela vítima fez o órgão pedir desculpas e admitir que os procedimentos para solucionar o caso foram inaceitáveis. Os agentes não trataram o incidente como um crime grave e perderam a "hora de ouro" para recolher provas forenses importantes, não pegando depoimentos de testemunhas nem imagens de câmera de segurança ou amostras de DNA do pulso da vítima.

"Após cinco dias, o caso finalmente foi transferido para unidades especializadas. Deveria ter ido direto, mas não foi", explica a vítima. "A atitude da polícia parecia ser de um caso referente a apenas um relógio, mas se eu tivesse sido roubado de um valor equivalente em dinheiro, eles teriam tratado como um crime grave."

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Em uma carta para o dono do relógio, a polícia de Dorset disse que houve uma "falta de reconhecimento imediato da ameaça e do dano da criminalidade organizada" e que algumas linhas de investigação forense e de testemunhas não foram realizadas dentro do período de "hora de ouro". O documento também reconheceu que tiveram "tempo suficiente" para obter imagens das câmeras de segurança e que as coletas de DNA deveriam ter sido feitas.

"Reconhecemos que poderia ter sido feito mais nos estágios iniciais, quando este incidente foi relatado à polícia de Dorset", afirmou o detetive Steve May. "Desde que isso ocorreu em 2022, alteramos o processo de realização da denúncia inicial para que o valor dos itens roubados passe a ser registrado."

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