A companhia aérea australiana Qantas foi considerada a mais segura em um ranking do site AirlineRatings.com, que avaliou 449 empresas de aviação segundo critérios de segurança.
O levantamento leva em conta se a companhia aérea é certificada pelo sistema de avaliação de segurança da Associação Internacional de Transportes Aéreos, se está na lista de empresas banidas dos espaços aéreos da União Europeia e dos Estados Unidos (que vetam empresas de histórico negativo de manutenção ou de países com baixa regulação do setor), se a empresa teve algum acidente fatal nos últimos dez anos e se o seu país de origem segue parâmetros de segurança aérea, entre outros critérios.
Ao lado da Qantas, que nunca registrou um acidente fatal na atual era de aviões a jato, ficaram no topo do ranking do AirlineRatings.com as empresas (em ordem alfabética) Air New Zealand, Cathay Pacific Airways, British Airways, Emirates, Etihad Airways, EVA Air, Finnair, Lufthansa e Singapore Airlines, que são originárias da Europa, Ásia, Oceania e Oriente Médio.
No total, 149 companhias aéreas avaliadas obtiveram sete estrelas, a nota máxima. Além disso, a equipe do site avalia o histórico operacional das companhias para escolher as líderes do ranking.
As empresas brasileiras Gol, TAM e Azul tiveram seis estrelas. A Avianca (que apesar de colombiana tem subsidiária no Brasil) e a Passaredo obtiveram sete estrelas.
O AirlineRatings.com também identificou as que considera mais seguras no segmento de baixo custo, lista que inclui Aer Lingus, Alaska Airlines, Jetblue, Jetstar, entre outras.
Em contrapartida, quase 50 companhias aéreas avaliadas tiveram três estrelas ou menos no ranking de segurança do AirlineRatings.
"Cinco delas conseguiram apenas uma estrela: Agni Air, Nepal Airlines, Tara Air (as três são nepalesas), Kam Air (Afeganistão) e Scat (Cazaquistão)", diz o site.
Desastres aéreos de 2014
O AirlineRatings lembra que 2014 foi um ano de acidentes marcantes e trágicos na história da aviação civil: foram 21 deles, com 986 mortes, número superior à média dos últimos dez anos.
Estão nessa lista os acidentes envolvendo os aviões da Malaysia Airlines (um deles derrubado no espaço aéreo ucraniano; o outro, desaparecido no oceano Índico) e o da AirAsia, cujas buscas ainda estão em curso.
Mas, segundo o site, esses números ofuscam alguns fatos: "Claro que 21 acidentes com 986 mortes é algo triste. Mas as empresas de aviação globais transportaram um recorde de 3,3 bilhões de passageiros em 27 milhões de voos. Se voltarmos 50 anos no tempo, tivemos a assombrosa marca de 87 acidentes com 1.597 mortes, quando as empresas transportavam apenas 5% do total de passageiros atual".