A Eli Lilly afirmou nesta quinta-feira que menos mortes foram relatadas entre pacientes de Covid-19 que usaram uma combinação de seu remédio contra artrite reumatóide e o remdesivir, da Gilead Sciences, em comparação com aqueles que só usaram remdesivir, em um teste clínico.
A Lilly disse que o efeito foi mais pronunciado em pacientes em terapia de oxigênio, de acordo com dados de um teste apoiado pelo governo dos Estado Unidos, mas que não foi concebido para medir a eficiência do baricitinibe na prevenção de mortes.
Alinhada a dados divulgados em setembro, a combinação ajudou a encurtar o tempo médio de recuperação em um dia na comparação com o remdesivir sozinho, atingindo o objetivo principal do estudo.
A Lilly disse que 5,1% dos pacientes que receberam a combinação de remédios morreu depois de 29 dias, menos do que os 7,8% que receberam só remdesivir, um medicamento que nos EUA já está autorizado para o tratamento de pacientes de Covid-19, e um placebo.
O baricitinibe, da Incyte e licenciado pela Lilly, foi aprovado para o tratamento de artrite reumatóide nos EUA. O remédio pode ajudar a suprimir uma reação imunológica potencialmente letal à Covid-19 chamada "tempestade de citocina".
A Lilly disse que está conversando com a Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) para obter uma autorização de uso emergencial para tratar pacientes de Covid-19.