Roma pode sofrer racionamento de água diante de seca

22 jul 2017 - 13h15
(atualizado às 16h50)

Autoridades ordenaram a interrupção da retirada de água de lago próximo a Roma após um prolongado período de seca, uma decisão que pode forçar autoridades municipais a impor o racionamento de água na capital italiana.

Foto: greenaperture / iStock

O chefe da região de Lazio, cujo centro é Roma, informou no sábado que a interrupção da retirada de água do Lago Bracciano entraria em vigor no dia 28 de julho.

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"Infelizmente, é uma tragédia ", disse Nicola Zingaretti ao canal de TV Tgcom24. "A verdade é que os níveis do Lago Bracciano caíram muito e corremos o risco de um desastre ambiental".

A empresa de serviços públicos Acea, que administra o sistema de água de Roma, afirmou que dois anos de chuvas abaixo da média reduziram drasticamente os níveis dos reservatórios que abastecem a cidade e a onda de calor prolongada continua piorando a situação.

Entretanto, a Acea criticou a determinação de fechar as torneiras em Bracciano, que fica cerca de 30 quilômetros ao norte de Roma, dizendo que a região tomou decisão "unilateral e ilegítima".

"A drástica redução do fluxo de água na rede da capital nos forçará a introduzir uma rotação rígida de suprimentos que impactará 1,5 milhão de romanos", disse um porta-voz da Acea à agência de notícias nacional Ansa.

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Zingaretti afirmou que apenas 8 por cento da água de Roma vem do lago Bracciano, e que a Acea teve tempo de encontrar uma solução.

No início deste mês, a empresa começou a fechar os bebedouros distribuídos pela cidade em um esforço para proteger os estoques.

Desde então, não houve quedas nas temperaturas, que estão acima da média, fazendo com que o ano de 2017 seja provavelmente um dos anos mais quentes registrados em Itália.

"Gostaria de convidar Donald Trump aqui para mostrar a ele o que significa não respeitar os acordos climáticos", disse Zingaretti, referindo-se ao presidente norte-americano que, no mês passado, retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris, firmado em 2015, para combater as mudanças climáticas.

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