Autoridades ordenaram a interrupção da retirada de água de lago próximo a Roma após um prolongado período de seca, uma decisão que pode forçar autoridades municipais a impor o racionamento de água na capital italiana.
O chefe da região de Lazio, cujo centro é Roma, informou no sábado que a interrupção da retirada de água do Lago Bracciano entraria em vigor no dia 28 de julho.
"Infelizmente, é uma tragédia ", disse Nicola Zingaretti ao canal de TV Tgcom24. "A verdade é que os níveis do Lago Bracciano caíram muito e corremos o risco de um desastre ambiental".
A empresa de serviços públicos Acea, que administra o sistema de água de Roma, afirmou que dois anos de chuvas abaixo da média reduziram drasticamente os níveis dos reservatórios que abastecem a cidade e a onda de calor prolongada continua piorando a situação.
Entretanto, a Acea criticou a determinação de fechar as torneiras em Bracciano, que fica cerca de 30 quilômetros ao norte de Roma, dizendo que a região tomou decisão "unilateral e ilegítima".
"A drástica redução do fluxo de água na rede da capital nos forçará a introduzir uma rotação rígida de suprimentos que impactará 1,5 milhão de romanos", disse um porta-voz da Acea à agência de notícias nacional Ansa.
Zingaretti afirmou que apenas 8 por cento da água de Roma vem do lago Bracciano, e que a Acea teve tempo de encontrar uma solução.
No início deste mês, a empresa começou a fechar os bebedouros distribuídos pela cidade em um esforço para proteger os estoques.
Desde então, não houve quedas nas temperaturas, que estão acima da média, fazendo com que o ano de 2017 seja provavelmente um dos anos mais quentes registrados em Itália.
"Gostaria de convidar Donald Trump aqui para mostrar a ele o que significa não respeitar os acordos climáticos", disse Zingaretti, referindo-se ao presidente norte-americano que, no mês passado, retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris, firmado em 2015, para combater as mudanças climáticas.