Roma terá sua primeira greve geral na próxima sexta

Sindicatos protestam contra privatização de empresas públicas

21 out 2019 - 10h27
(atualizado às 10h45)

A União Italiana do Trabalho (UIL), um dos principais sindicatos do país, anunciou nesta segunda-feira (21) a convocação da primeira greve geral na história de Roma.

Greve deve aumentar a pressão sobre a prefeita Virginia Raggi
Greve deve aumentar a pressão sobre a prefeita Virginia Raggi
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A manifestação foi marcada para 25 de outubro e deve aumentar a pressão sobre a prefeita Virginia Raggi, que na semana passada teve a renúncia pedida pelo ex-ministro Matteo Salvini e pelo ex-premier Matteo Renzi.

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"Roma nunca teve uma greve geral. Na gestão de Ignazio Marino [2013-2015], houve uma paralisação dos funcionários da Prefeitura. É óbvio que não nos divertimos paralisando a cidade, mas estão matando as empresas públicas. É uma greve por Roma, estamos cansados de viver na degradação", disse o secretário da UIL na região do Lazio, Alberto Civica.

Um dos catalizadores do protesto foi a liquidação da empresa pública Roma Metropolitane, na semana passada. A companhia havia sido criada no início deste século para administrar as obras da linha C do metrô da capital, mas, segundo Raggi, registra prejuízo de 6 milhões de euros por ano.

Os sindicatos criticam a decisão da prefeita, que garantiu a manutenção dos postos de trabalho. Raggi também enfrenta ataques por causa da qualidade dos serviços prestados pela AMA e pela Atac, empresas responsáveis, respectivamente, pela coleta e tratamento de lixo e pelo sistema de transporte público. Os sindicatos acusam a Prefeitura de querer privatizar as companhias.

Eleita em 2016 pelo antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), a prefeita já enfrentou inúmeras crises em seu mandato e chegou a ser julgada por falso testemunho, mas acabou absolvida. No início de 2017, após apenas sete meses no cargo, Raggi admitiu até que pensara em renunciar.

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Ela é criticada tanto pela direita ultranacionalista, liderada por Salvini, quanto pela centro-esquerda, que é aliada do M5S no governo nacional.

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