Romênia pede que UE investigue papel do TikTok em eleição

Plataforma teria ajudado candidato de extrema direita

29 nov 2024 - 12h52

O órgão nacional de vigilância da comunicação da Romênia (Ancom) pediu nesta sexta-feira (29) à Comissão Europeia para iniciar uma investigação sobre o papel desempenhado pela plataforma de vídeos TikTok nas eleições presidenciais do país, por supostamente ajudar a promover o candidato de extrema direita pró-Rússia Calin Georgescu.

    Segundo o Conselho Supremo de Defesa da Romênia (CSAT), o TikTok não rotulou o conteúdo da campanha do então candidato à Presidência como propaganda política. Desta forma, os algoritmos da plataforma teriam amplificado o material em detrimento de outros concorrentes.

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    Sem citar nomes,p CSAT falou sobre um político que se beneficiou de "exposição massiva com base no tratamento preferencial do TikTok". "A Romênia se tornou um alvo de ações hostis de alguns estados, especialmente da Rússia", denunciou o Conselho Supremo de Defesa, apelando pela adoção de "medidas urgentes".

    Paralelamente, autoridades romenas denunciaram uma tentativa de manipulação do processo eleitoral. Além disso, a agência reguladora de telecomunicações pediu a suspensão do TikTok em todo o país.

    O TikTok, que defendeu suas ações, é considerado uma "plataforma online muito grande", então "tem a obrigação de avaliar e mitigar riscos sistêmicos relacionados aos processos eleitorais".

    De acordo com o comunicado, citado pelo jornal "The Financial Times", se o Palácio Berlaymont "suspeitar de uma violação com base nas evidências à nossa disposição, ele pode abrir um processo para verificar a conformidade do TikTok com suas obrigações".

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    A Comissão Europeia organizou "uma mesa redonda com as autoridades romenas, com os coordenadores de serviços digitais sob a Lei de Serviços Digitais, juntamente com o TikTok, dada a situação atual na Romênia", explicou um porta-voz, especificando que representantes de outras plataformas também estarão presentes na reunião O representante destacou ainda que isso foi feito "antes das eleições na Eslováquia, das eleições em Luxemburgo e das eleições europeias", porque "é uma prática comum". "Eleições livres e justas são a pedra angular de nossas democracias", concluiu.

    O Tribunal Constitucional da Romênia analisa duas acusações de fraude eleitoral no primeiro turno das eleições e ordenou na última quinta-feira (28) uma recontagem dos votos no primeiro turno. .

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