A coalizão governista da Romênia concordou nesta quarta-feira em repetir a eleição presidencial em dois turnos, em 4 e 18 de maio, e manteve o plano original de endossar um único candidato, segundo o Partido Liberal, um dos três partidos da coalizão.
Três votações consecutivas para eleger um novo presidente e um novo Parlamento no país da União Europeia e da Otan entraram em caos quando Calin Georgescu, um político pró-russo de extrema-direita pouco conhecido, venceu o primeiro turno presidencial em 24 de novembro.
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Em meio a suspeitas de interferência russa, o Supremo Tribunal anulou a eleição presidencial e ordenou que o novo governo de coalizão a refizesse em sua totalidade.
O presidente da Romênia, Klaus Iohannis, prestes a deixar o cargo, permanecerá como chefe de Estado até a eleição de maio.
O novo governo aprovará o calendário para a nova votação na próxima segunda-feira, disseram os liberais.
Os partidos da coalizão afirmam que concordaram em apoiar um único candidato presidencial para impedir a vitória da extrema-direita. Seu candidato é Crin Antonescu, ex-líder liberal, embora os analistas digam que eles ainda podem mudar de ideia para apoiar outra pessoa.
Na eleição parlamentar de 1º de dezembro na Romênia, três partidos ultranacionalistas e de extrema-direita conquistaram cerca de 35% dos assentos na nova legislatura, em meio à raiva do povo com brigas internas e alegações de corrupção nos principais partidos.
Várias crises, incluindo a pandemia da Covid e a guerra da Rússia na vizinha Ucrânia, também minaram o apoio dos eleitores romenos aos partidos centristas mais estabelecidos.
