O opositor Alexei Navalny foi acusado nesta quarta-feira (11) de mais um crime: "minar a identidade e os direitos dos cidadãos". O delito é punível com três anos de prisão e pode prolongar o período de detenção do russo, informaram as autoridades locais.
Segundo o Comitê de Investigação da Rússia, o oponente do presidente Vladimir Putin teria criado uma organização sem fins lucrativos que viola os direitos dos cidadãos. O "Fundo Anticorrupção" (FBK) é acusado de incitar outras pessoas a cometerem atos ilegais, em particular "convocando-os a participar de reuniões não autorizadas".
Em junho, o FBK foi considerado uma organização extremista com base em uma nova lei e foi banido oficialmente no início de agosto.
As autoridades russas explicam que Navalny e seus apoiadores "organizaram a divulgação, em suas páginas pessoas na internet e nas páginas do FBK, de publicações que pediam os cidadãos russos que participassem de manifestações não autorizadas em janeiro".
Na ocasião, diversos protestos de apoio ao opositor russo foram organizados e realizados no país depois de sua prisão. Para os investigadores, Navalny tinha conhecimento que as mobilizações eram de "natureza ilegal".
De acordo com o site russo "Meduza", Navalny terá que pagar uma multa de até 200 mil rublos, trabalhos forçados, limitações de liberdade ou prisão de até três anos.
Atualmente, o opositor a Putin, 45 anos, cumpre pena de dois anos e meio por uma suposta violação do regime domiciliar de uma condenação de 2014, no que considera como uma decisão "política".