O primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, anunciou nesta sexta-feira (10) a aprovação de uma maior integração entre o país e Belarus no quadro do "Estado da União", um acordo com 28 capítulos e que atinge diversos e econômicos.
"A reunião do Conselho dos Ministros do Estado da União acabou de ser concluída. A coisa mais importante é que a decisão sobre o aprofundamento da integração com base nos capítulos concordados foi totalmente aprovada", disse Mishustin citado pela Tass.
Os detalhes não foram divulgados, mas nesta quinta-feira (9), os presidentes Vladimir Putin e Aleksandr Lukashenko se reuniram em Moscou para finalizar o documento. No mês passado, ao comentar o início das negociações, o líder de Minsk havia falado que o acordo não incluiria "a parte política" da integração.
Após o anúncio do premiê, seu homólogo de Belarus, Roman Golovchenko, disse que "segundo nossas estimativas, só o efeito direto da implementação do pacote de integração deve levar Belarus a um crescimento do PIB de cerca de US$ 1 bilhão, sem contar as oportunidades adicionais para o business bielorrusso no mercado russo que serão criados durante a implementação dos programas firmados sobre o Estado da União".
Já o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, destacou a real intenção do acordo entre os dois países: combater as sanções econômicas impostas por União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido por conta das fraudes ocorridas nas últimas eleições em Belarus.
Lukashenko é considerado por europeus e norte-americanos como o "último ditador da Europa" por estar no poder desde 1994. Por isso, após as eleições de agosto do ano passado, começaram a impor uma série de pacotes punitivos contra o governo de Minsk.
"Tudo o que fizemos hoje em nome dos presidentes é a melhor resposta à política das sanções. É bem conhecido o uso do bastão das sanções a qualquer momento e por qualquer motivo", disse Lavrov à agência Ria Novosti.
Desde o primeiro momento, Putin se colocou como aliado total de Lukashenko liberando, inclusive, uma grande quantidade de dinheiro para o governo de Minsk. .