A Rússia intensificou os ataques com mísseis em várias partes da Ucrânia nesta quinta-feira (26), denuncia o governo de Kiev. Segundo os militares, foram abatidos 47 dos 55 projéteis disparados antes deles provocarem danos em solo.
A empresa estatal de energia, Ukrenergo, informou que só na região de Kiev houve o 13º ataque com mísseis e o 15º com drones kamikazes no sistema energético do país. Por conta disso, houve diversos apagões na área da capital bem como em outros pontos do território e foram reimpostos os horários programados de restrição no fornecimento de energia.
A intensificação dos disparos ocorre um dia após os países ocidentais anunciarem o envio de tanques de guerra para Kiev. Os Leopards da Alemanha, que estavam em posse da Polônia, devem chegar ao território ucraniano entre o fim de março e o início de abril. Já os Estados Unidos enviarão Abrams M1.
A decisão de enviar os equipamentos vem após meses de negociações entre os governos ocidentais e a resistência alemã de não ampliar ainda mais os confrontos.
No entanto, em sua coletiva diária, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o fornecimento dos tanques "não muda o status" das ações russas.
Itália
Quem também se manifestou nesta quinta foi o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, que ressaltou que "as ajudas que chegam à Ucrânia não são só para salvar o país, mas também para frear a escalada da guerra que poderia se expandir".
"Assim, ela fica apenas entre duas nações. É preciso ter coragem para fazer escolhas difíceis para evitar cenários piores. Os primeiros a desejar uma desaceleração são os países europeus e todos nós desejamos a possibilidade de uma mesa de negociações de paz", disse o ministro à emissora "LA 7".
Na última terça-feira (24), a Itália aprovou a prorrogação da ajuda militar a Kiev até o último dia de 2023 em votações que uniram governo e oposição no Parlamento. .