A Rússia disse nesta quinta-feira que está se preparando para uma nova onda da pandemia de coronavírus no outono, depois que autoridades relataram o menor aumento diário de infecções novas desde 1º de maio.
O país afrouxou rapidamente as medidas de isolamento na última quinzena, já que testemunhou um declínio gradual nas infecções diárias novas em relação ao pico de 11.656 de 11 de maio.
Nesta quinta-feira, autoridades confirmaram 7.790 casos novos nas últimas 24 horas, o que elevou a contagem nacional a 561.091, além de mais 182 mortes que colocaram o total de óbitos em 7.660.
Falando durante uma reunião de governo transmitida pela televisão estatal, Anna Popova, a chefe da agência reguladora de saúde do consumidor, disse que espera que o surto continue a recuar durante o atual verão local, mas que a Rússia precisa estar preparada para ele piorar.
"Os riscos de esta epidemia voltar a crescer e se desenvolver no outono são bastante altos, atualmente estamos nos preparando para isso", afirmou.
Críticos do Kremlin acusam as autoridades de suspenderem as restrições rápido demais para abrir caminho para uma votação nacional de reformas que permitiriam ao presidente Vladimir Putin concorrer mais duas vezes ao cargo depois que seu mandato atual terminar, em 2024.
O Kremlin negou que a decisão de permitir a votação tenha tido motivação política.
Nesta semana, os moradores de Moscou, a região mais atingida da Rússia, tiveram permissão de visitar museus e ocupar terraços de restaurantes pela primeira vez em mais de dois meses.
A cidade também se prepara para realizar uma grande parada militar no dia 24 de junho para comemorar a vitória soviética na Segunda Guerra Mundial.