A Rússia afirmou na terça-feira que estava expulsando um diplomata britânico por suposta espionagem, no mais recente golpe nas relações já ruins entre os dois países.
O serviço de segurança FSB disse que o diplomata, cuja foto foi espalhada pelos noticiários da TV, forneceu intencionalmente informações falsas quando entrou no país.
"Ao mesmo tempo, o FSB russo descobriu indícios de que o referido diplomata estava conduzindo trabalhos de inteligência e subversivos que ameaçam a segurança da Federação Russa", afirmou em um comunicado.
Não houve comentário imediato do Foreign, Commonwealth and Development Office do Reino Unido. A embaixada britânica em Moscou não respondeu a um pedido de comentário.
De acordo com a agência de notícias TASS, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia Maria Zakharova afirmou que o ministério havia convocado o embaixador britânico, uma medida que os governos costumam usar para expressar um forte protesto.
Segundo o FSB, o diplomata britânico estava substituindo um dos seis diplomatas do Reino Unido expulsos neste ano, também sob acusações de espionagem.
As relações entre o Reino Unido e a Rússia caíram para o nível mais baixo pós-Guerra Fria desde o início da guerra na Ucrânia. O Reino Unido aderiu a sucessivas ondas de sanções contra a Rússia e forneceu armas à Ucrânia.
A Rússia disse que a Ucrânia disparou mísseis de cruzeiro britânicos Storm Shadow em seu território na semana passada pela primeira vez. O presidente Vladimir Putin citou esse fato e o lançamento de mísseis balísticos ATACMS dos EUA pela Ucrânia como a razão pela qual a Rússia respondeu com o lançamento de um novo míssil hipersônico na cidade ucraniana de Dnipro em 21 de novembro.