Rússia lança ataques "desumanos" no dia de Natal, diz Ucrânia

25 dez 2024 - 11h38

A Rússia atacou o sistema de energia da Ucrânia e algumas cidades com mísseis de cruzeiro e balísticos, além de drones, nesta quarta-feira, em um ataque "desumano" no dia de Natal, disse o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy.

Quase três anos após o início da guerra, os ataques feriram pelo menos seis pessoas na cidade de Kharkiv, no nordeste do país, e mataram uma na região de Dnipropetrovsk, informaram os governadores.

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Meio milhão de pessoas na região de Kharkiv ficaram sem aquecimento, em temperaturas apenas alguns graus Celsius acima de zero, enquanto houve apagões na capital Kiev e em outros lugares.

"Hoje, (o presidente russo Vladimir) Putin escolheu deliberadamente o Natal para atacar. O que poderia ser mais desumano? Mais de 70 mísseis, incluindo mísseis balísticos, e mais de cem drones de ataque", disse ele.

O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que realizou um "ataque maciço" contra o que, segundo ele, eram instalações críticas de energia que apoiavam o trabalho do "complexo militar-industrial" de Kiev. "O objetivo do ataque foi alcançado. Todas as instalações foram atingidas", afirmou a pasta em comunicado.

Os militares da Ucrânia disseram que suas defesas aéreas derrubaram 59 mísseis russos e 54 drones durante a noite e na manhã de quarta-feira.

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Os ucranianos estavam comemorando seu segundo Natal na quarta-feira, de acordo com um novo calendário, em outro passo para apagar a influência russa.

A maioria dos ucranianos é formada por cristãos ortodoxos e a Igreja Ortodoxa independente da Ucrânia, criada em 2018, concordou em 2023 em se afastar do calendário juliano tradicional usado na Rússia, onde o Natal é em 7 de janeiro.

A Rússia intensificou os ataques ao setor energético ucraniano desde a primavera deste ano, danificando quase metade de sua capacidade de geração e causando apagões prolongados.

"O presente de Natal da Rússia para a Ucrânia: mais de 70 mísseis e 100 drones, direcionados às famílias ucranianas que comemoram em suas casas e à infraestrutura de energia que as mantém aquecidas", disse a embaixadora dos Estados Unidos, Bridget Brink.

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