Abrigos de concretos (bunkers) já estão sendo instalados na região ocidental de Kursk, na Rússia. A informação foi confirmada pelo governador regional em exercício, Alexei Smirnov, nesta quinta-feira, 22, após três semanas de ofensiva das tropas ucranianas.
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Soldados ucranianos invadiram a fronteira no dia 6 de agosto, o que fez com que milhares de pessoas se deslocassem da região. Agora, a Rússia procura meios para proteger civis em meio a guerra. Cerca de 60 estações rodoviárias estão sendo equipadas com bunkers.
"Seguindo minhas instruções, a administração da cidade de Kursk identificou pontos-chave para a colocação de abrigos modulares de concreto, em locais povoados", disse Smirnov. Outras duas cidades da região também receberão os abrigos: Zheleznogorsk e Kurchatov. Cabe destacar que a usina nuclear de Kursk está localizada na cidade de Kurchatov, o que tem agravado a preocupação com os ataques.
Regiões russas de fronteira já declararam situação de emergência por conta da incursão. Kursk tem cerca de 440 mil habitantes e a capital fica a cerca de 80 km da fronteira com a Ucrânia. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou que suas tropas fizeram reféns na ofensiva.
A estratégia, de acordo com o chefe do Executivo, é utilizar os civis como moeda de troca caso seja necessário. Segundo a AFP, soldados ucranianos afirmaram que é necessário reduzir a "superioridade da Rússia no céu" e "limitar significativamente sua capacidade aérea".
Na quarta-feira, 21, a Ucrânia fez uma ofensiva contra Moscou por meio de drones. Um dos drones foi abatido pela defesa aérea russa, mas acabou provocando um incêndio em uma instalação do Ministério da Defesa do país.