Sem provas, Trump acusa governo Obama de traição

23 jun 2020 - 16h21

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está atrás nas pesquisas de opinião para a eleição presidencial nos EUA neste ano em meio a protestos antirracismo e um aumento de casos de coronavírus, atacou a gestão de Barack Obama, o primeiro presidente negro do país, com uma acusação infundada de traição.

Presidente dos EUA na Casa Branca
23/06/2020 REUTERS/Tom Brenner
Presidente dos EUA na Casa Branca 23/06/2020 REUTERS/Tom Brenner
Foto: Reuters

A acusação, feita sem provas em uma entrevista concedida na segunda-feira, foi o esforço mais recente do republicano de atingir Obama, um democrata popular que ele ataca há anos, tendo chegado a insinuar que ele não nasceu nos EUA.

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Trump está 13 pontos percentuais atrás do virtual candidato presidencial democrata, Joe Biden, que foi o vice-presidente de Obama, antes da eleição de 3 de novembro.

O Departamento de Justiça está analisando um inquérito que descobriu interferência estrangeira na eleição de 2016 vencida por Trump --que já acusou Obama de espionar sua campanha, mas não de traição.

Indagado sobre qual crime pode ter sido cometido através da espionagem, Trump disse à Christian Broadcasting Network: "É traição. Veja, quando eu me pronunciei muito tempo atrás, disse que eles vinham espionando nossa campanha... vamos ver o que acontece com eles agora".

"(William) Barr está fazendo um grande trabalho como secretário de Justiça, vamos ver o que eles descobrem", disse. Barr disse que não acredita que Obama ou Biden serão acusados.

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Representantes de Obama, que participaria de um evento virtual de arrecadação de fundos com Biden nesta terça-feira, disseram que ele não tinha comentários sobre a acusação de Trump.

Agências de inteligência dos EUA concluíram que a Rússia interferiu na eleição de 2016 em favor da candidatura de Trump.

Uma investigação de 21 meses do ex-procurador especial Robert Mueller documentou uma campanha russa de propaganda e de ataques cibernéticos para prejudicar a rival democrata de Trump, Hillary Clinton. Mueller também documentou numerosos contatos entre elementos da campanha Trump e russos.

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