O senador dos Estados Unidos Bernie Sanders disse nesta quarta-feira que vai tentar bloquear a venda de armamento ofensivo dos EUA para Israel, citando as consequências para os civis na campanha israelense contra o Hamas.
Sanders, um independente que tradicionalmente se alinha aos democratas, disse que pretende propor uma resolução conjunta de desaprovação na próxima semana.
A Lei de Controle de Exportação de Armas dos EUA dá ao Congresso o direito de interromper uma grande venda de armas para o exterior ao aprovar uma resolução de desaprovação. Embora nenhuma resolução desse tipo tenha sido aprovada pelo Congresso e sobrevivido a um veto presidencial, a lei exige que o Senado vote se uma resolução for apresentada, e, em algumas ocasiões, gerou debates acalorados e embaraçosos para presidentes anteriores.
"Fornecer mais armas ofensivas para continuar esta guerra desastrosa violaria a lei dos EUA e a internacional", disse Sanders em nota.
O presidente dos EUA, Joe Biden, tem enfrentado pedidos de seus colegas democratas ao longo da campanha de Israel em Gaza para pressionar o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a reduzir a devastadora crise humanitária no enclave palestino.
Em seu anúncio, Sanders observou que o governo Biden aprovou no mês passado vendas de armas para Israel totalizando mais de 20 bilhões de dólares, que incluíam sistemas relacionados a dezenas de milhares de mortes de civis em Gaza. Ele afirmou que exportar tais armas violaria as disposições de direitos humanos da Lei de Assistência Estrangeira de 1961 e da Lei de Controle de Exportação de Armas.
A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a declaração de Sanders.