Senegal prevê desperdício de 400 mil vacinas contra covid-19

Os motivos: problema de logística, o prazo de vencimento curto das vacinas doadas e a desconfiança da população em relação à vacinação

13 dez 2021 - 16h10
(atualizado às 16h22)
Agente de saúde usa solução salina para preparar doses da vacina "Comirnaty" da Pfizer-BioNTech contra a Covid-19 em centro de vacinação em Madri, Espanha
24/11/2021
REUTERS/Sergio Perez
Agente de saúde usa solução salina para preparar doses da vacina "Comirnaty" da Pfizer-BioNTech contra a Covid-19 em centro de vacinação em Madri, Espanha 24/11/2021 REUTERS/Sergio Perez
Foto: Reuters

Ao menos 200 mil vacinas contra a covid-19 venceram no Senegal sem ter sido usadas nos últimos dois meses e outras 200 mil devem vencer ao final de dezembro porque a procura é muito baixa, disse o chefe do programa de imunização do país nesta segunda-feira.

Governos africanos pedem mais vacinas contra a covid-19 para aumentar os índices de vacinação, mas alguns países do continente mostraram dificuldade para acompanhar o ritmo da chegada de imunizantes nas últimas semanas.

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Problemas logísticos, o prazo de vencimento curto das vacinas que chegam dos doadores e a desconfiança das vacinas impedem que as doses cheguem aos destinatários.

Até um milhão de vacinas contra covid-19 venceram na Nigéria no mês passado, revelou a Reuters.

"O principal problema é a desconfiança da vacina", disse Ousseynou Badiane, que está encarregado da distribuição de vacinas no Senegal. "O número de casos está diminuindo. Eles perguntam: 'por que é importante se vacinar se a doença não está aqui agora?'".

O Senegal acumula mais de 74 mil infecções e 1.886 mortes de covid-19, muito menos do que as cifras vistas em muitos países atingidos mais duramente pelo vírus. O ritmo da infecção recua desde que uma terceira onda em julho provocou um pico de procura da vacina, e ocasionalmente o país não registra nenhum caso diário novo.

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Mas a apatia prejudica o esforço de vacinação. O Senegal administrou quase dois milhões de vacinas até agora, mostram dados da Reuters, o suficiente para imunizar somente cerca de 5,9% da população.

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