Serviço Secreto dos EUA prende chinesa em resort de Trump

Mulher tinha pendrive contendo malware e fez declarações falsas a autoridades

2 abr 2019 - 20h21
(atualizado às 20h43)

Uma chinesa que passou por postos de segurança no resort Mar-a-Lago - do presidente norte-americano, Donald Trump, na Flórida - com um pendrive contendo "malware" foi presa no sábado por entrar em uma propriedade restrita e fazer declarações falsas a autoridades.

Documentos arquivados pelo Serviço Secreto dos EUA na segunda-feira dizem que pouco depois do meio-dia de sábado, Yujing Zhang se aproximou de um agente do Serviço Secreto que fazia a verificação de visitantes de Mar-a-Lago.

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Resort de golfe Trump National Doral, na Flórida
Resort de golfe Trump National Doral, na Flórida
Foto: Joe Skipper / Reuters

Zhang exibiu dois passaportes chineses exibindo sua foto e disse que queria ir para a piscina. Os integrantes do Serviço Secreto não conseguiram inicialmente encontrar seu nome em uma lista de acesso ao local, de acordo com os documentos.

Um gerente do resort disse que um homem chamado Zhang era sócio do clube. E apesar de Yujing Zhang não ter dado uma resposta clara se o homem era seu pai, a declaração do Serviço Secreto afirma que funcionários do resort permitiram que ela entrasse na propriedade por considerarem que ela era parente do sócio.

Porém, funcionários do resort ficaram desconfiados depois que Zhang pareceu ter dificuldade em explicar por que estava visitando Mar-a-Lago, de acordo com o depoimento.

Zhang disse inicialmente que ela estava lá para um evento organizado por um grupo chamado Associação Sino-Americana das Nações Unidas. Mas a equipe do resort não encontrou nenhum evento semelhante, de acordo com o processo judicial.

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Uma recepcionista então contatou funcionários do Serviço Secreto que questionaram Zhang e concluíram que ela não tinha "nenhuma documentação legítima" que autorizasse sua entrada em Mar-a-Lago, de acordo com o depoimento.

Depois de detê-la, os investigadores encontraram com Zhang quatro telefones celulares, um laptop, um disco rígido externo e um pendrive. O exame inicial do pendrive determinou que continha "malware malicioso", disse o Serviço Secreto.

Fachada de hotel de Donald Trump em Washington
Foto: Brian Snyder / Reuters

A Casa Branca fez perguntas sobre o incidente ao Serviço Secreto nesta terça-feira. O Serviço Secreto recusou-se a comentar, dizendo que a investigação ainda estava aberta.

Em um processo nesta terça-feira, um defensor público que representa Zhang disse que ela invocou seu direito de permanecer em silêncio.

Uma porta-voz do Departamento de Justiça não fez comentários sobre a prisão.

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