O historiador e militante do PCdoB, Sayid Marcos Tenório, que também é vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina, foi exonerado de seu cargo comissionado na Câmara dos Deputados após fazer comentários zombando de uma mulher israelense que foi sequestrada pelo Hamas.
O chefe de Sayid Marcos Tenório, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA), confirmou a demissão do assessor poucas horas após a publicação de uma reportagem sobre a repercussão dos comentários de Tenório nas redes sociais.
“Por considerar extremamente grave a manifestação do Sayid Marcos Tenório em postagem referente a foto de uma mulher agredida por integrantes do Hamas, determinei a imediata demissão dele do quadro de minha assessoria na Câmara dos Deputados”, afirmou Jerry.
“Reitero minha posição de repúdio aos ataques do grupo Hamas a Israel, como também repudio os ataques de Israel ao povo palestino, defendendo mais uma vez a celebração da tão necessária paz”, acrescentou o parlamentar.
Tenório ocupava um cargo na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara, presidida pelo deputado maranhense. Anteriormente, ele trabalhou no gabinete de Jerry em um cargo comissionado até 25 de junho, com um salário mensal bruto de R$ 21 mil, que era um dos mais elevados da Câmara.
De origem pernambucana, Tenório não tem laços étnicos palestinos. Ele também é colunista do site 247, onde publica artigos com títulos como "Ataques de Israel a ONGs de Direitos Humanos" e "A relação entre o sionismo e o Nazismo".
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Em uma das publicações, compartilhou imagens de pessoas que estavam na rave atacada pelo grupo extremista com a seguinte mensagem: “Colonos judeus ilegais sentindo na pele por um dia aquilo que os palestinos vêm sofrendo diariamente há 75 anos”.
Já em outro post nas redes sociais, Tenório compartilhou um vídeo que mostrava uma mulher que teria sido sequestrada pelo Hamas. Ela estava com as calças sujas. Tenório, então, ironizou e escreveu que era “marca de merda”.