GÊNOVA, ITÁLIA - O número de mortos no desabamento da Ponte Morandi em Gênova, na Itália, subiu para 37 nesta quarta-feira, 15, segundo a prefeitura local. Mas há divergências quanto à cifra oficial. "Comprovamos a morte de 38 pessoas e há vários desaparecidos", afirmou o ministro do Interior, Matteo Salvini, à imprensa local. Três crianças de 8, 12 e 13 anos estão entre as vítimas.
Salvini agradeceu os esforços das equipes de resgate e afirmou que o governo italiano fará o possível para "identificar os culpados pelo desastre, que não sairão impunes".
As operações de busca e resgate seguiram em andamento nesta manhã. As equipes trabalharam durante toda a noite entre toneladas de pedaços de concreto e aço na tentativa de encontrar sobreviventes ou corpos. Cerca dez pessoas permanecem hospitalizadas em estado grave.
As autoridades investigam o que pode ter provocado o acidente de terça-feira, que culminou na queda de um trecho de 215 metros da ponte estaiada restaurada em 2016.
Revogação de concessão
Também nesta quarta-feira, o governo italiano anunciou que avalia revogar o contrato de concessão ao grupo que administra a via onde o viaduto está localizado. "Para começar, os dirigentes da Autostrade per l'Italia devem renunciar aos seus cargos. Já que houve falhas graves, iniciamos os procedimentos para uma eventual revogação das concessões e aplicação de até € 150 milhões de multa", disse o ministro italiano de Infraestruturas e Transportes, Danilo Toninelli, em sua conta no Facebook.
Após visita aos escombros, o premiê italiano, Giuseppe Conte, prometeu lançar um plano de monitoramento e vistoria das obras de infraestrutura em todo o país, com atenção especial às mais antigas.
A Ponte Morandi foi construída entre 1963 e 1967 e passou por três reformas para suportar o tráfego intenso de veículos pesados. / AFP, AP e EFE