A implosão que resultou na morte dos 5 tripulantes do submarino Titan, operado pela empresa OceanGate, gerou várias especulações sobre a causa do acidente, sendo uma das teorias mais plausíveis uma possível fissura no casco do veículo subaquático.
A avaliação foi feita por Marcos Palhares, especialista e piloto de submersíveis, durante sua participação no podcast Talk Flow.
“A superfície do casco do submersível tem que ser perfeita. Então um mínimo amassado naquela zona do casco — onde a carga exerce uma pressão de quase quatrocentos quilos em um centímetro quadrado –, você já tem uma fissura do material", disse.
Segundo Palhares, a consideração sobre a causa da tragédia é uma teoria, uma vez que a empresa norte-americana OceanGate era reconhecida como referência no setor de expedições em submersíveis para indústrias, pesquisa e exploração.
“Era uma das empresas mais bem vistas em termos de qualidade nesse tipo de operação”, declarou.
“Ela tinha uma plataforma exclusiva que era uma rampa que saia do navio mãe e deslizava cuidadosamente, podendo flutuar e submergir, garantindo que o submersível entrasse na água sem contato com nada", completou.
No entanto, de acordo com a especialista, a maioria das empresas do setor utiliza guindastes para retirar o submersível da embarcação principal e colocá-lo na água, o que pode resultar em impactos causados pelas ondas e pelo vento marítimo. “Aí cancela a missão”.
No dia 22 de junho, durante uma expedição aos destroços do Titanic, o veículo subaquático da OceanGate desapareceu. A causa dessa tragédia está atualmente sob investigação.