Suécia abre investigação sobre instituição que entrega Nobel

27 abr 2018 - 20h21
(atualizado às 20h33)

A unidade de crimes financeiros da polícia da Suécia informou nesta sexta-feira que havia aberto uma investigação sobre a Academia Sueca, a instituição que escolhe os vencedores do Prêmio Nobel de Literatura.

Rei da Suécia, Carl Gustaf, entrega Prêmio Nobel de Literatura de 2017 a Kazuo Ishiguro
10/12/2017
TT News Agency/Jonas Ekstromer via REUTERS
Rei da Suécia, Carl Gustaf, entrega Prêmio Nobel de Literatura de 2017 a Kazuo Ishiguro 10/12/2017 TT News Agency/Jonas Ekstromer via REUTERS
Foto: Reuters

A prestigiosa Academia se envolveu em alegações de condutas sexuais impróprias pelo marido de uma de seus membros e a confissão de que nomes de alguns vencedores --assunto de intensa especulação em que muitas pessoas apostam com companhias de apostas-- foram vazados antecipadamente.

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    O fotógrafo Jean-Claude Arnault, marido da poetisa e membro da Academia Katarina Frostenson, negou as acusações de condutas sexuais impróprias, feitas por diversas mulheres. Ele também negou ser a fonte dos nomes vazados.

    "O procurador-chefe Jan Tibbiling, da Autoridade de Crimes Econômicos da Suécia, iniciou uma investigação preliminar relacionada ao crime financeiro... ligado à Academia Sueca", informou a unidade de crimes financeiros em comunicado.

    Tibbiling disse que não irá fornecer mais informações sobre quais crimes estão sendo investigados ou a pessoa ou pessoas que estão envolvidas.

    A Academia Sueca não pôde ser imediatamente contatada por telefone ou e-mail para comentários. O advogado de Arnault também não pôde ser contatado para comentários.

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    Os trabalhos da normalmente reservada instituição têm estado sob intenso escrutínio nas semanas recentes como resultado das acusações e uma profunda e amarga divisão pública entre seus membros sobre como lidar com elas.

    O chefe da Academia e diversos outros membros renunciaram. O rei da Suécia, Carl Gustaf --patrono da instituição fundada por seu antepassado Gustav III em 1786-- teve que intervir e prometer reformar seus estatutos.

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